Converter o combustível do carro de gasolina/álcool para o Gás Natural Veicular (GNV). Essa tem sido à busca de muitas pessoas nos últimos dias, especialmente como um reflexo da paralisação dos caminhoneiros, que durou dez dias e dificultou o abastecimento com os combustíveis tradicionais. O aumento na procura superou os 300% na única oficina de Içara credenciada para o serviço, mas a demanda cresceu também em estabelecimentos de Criciúma. E a informação é de que o principal fator que tem levado os motoristas a realizarem a conversão ainda são os valores.
“Foi um aumento realmente exorbitante. Aqueceu principalmente depois da paralisação dos caminhoneiros. Somente para que se possa ter uma ideia, a nossa média de conversão era de dez carros por mês. Agora em junho, temos 43 trabalhos programados para serem realizados ao longo do mês. É um crescimento realmente astronômico”, classifica o proprietária da oficina içarense, Carlos Alves.
Segundo ele, somente não tem mais conversões programadas porque não há condições de atender. “Hoje, a gente tem que fazer agendamento. Por exemplo, na nossa oficina, quem chegar agora, somente vai ter condições de ser atendido a partir do dia 9 de julho. Antes é totalmente inviável. Não temos condições de colocarmos mais alguém”, afirma.
Custo-benefício
O valor para converter um carro da gasolina/álcool para o gás natural veicular varia dependendo do modelo que será implantado, indo de R$ 2,6 mil e passando até dos R$ 8,3 mil. Mas o investimento acaba compensado diante da rotatividade do veículo. Principalmente para quem anda com frequência, a economia gerada logo já é maior do que o valor investido.
“A economia com gás natural muitas vezes passa dos 60%, se comparado com a gasolina. Em uma conta básica, uma ida a Florianópolis, de 200 quilômetros, aproximadamente, com o modelo que tem maior saída, no gás você gasta aproximadamente R$ 28. Já se fosse fazer este mesmo trajeto com gasolina, calculando que faça 15 quilômetros por litro, você gastaria em média R$ 60. É uma diferença muito grande”, finaliza Alves.
Especial Jornal Gazeta