terça-feira, 2 dezembro, 2025
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Geração de empregos no Sul do Estado mostra reação em outubro

Foto: Divulgação

A geração de empregos formais no Sul do Estado voltou a ganhar fôlego. A mesorregião acrescentou 1.697 vagas em outubro, o que representa o terceiro melhor desempenho mensal do ano, após o decréscimo registrado nos últimos trimestres. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

 

Após começar 2025 em alta, adicionando 3.389 novos postos de trabalho em janeiro e 4.227 em fevereiro, o Sul catarinense manteve saldo positivo em março (1.486) e em abril (1.476), embora em menor escala.

 

Já em maio, registrou saldo negativo, com 543 demissões a mais que contratações. A partir daí, houve um avanço moderado em junho (516 vagas), com desaceleração em julho (440), agosto (114) e setembro (59), até a nova alta em outubro.

 

Acumulado do ano

 

“Essa melhora, contudo, ocorre em um contexto de desaquecimento mais profundo. O acumulado do ano permanece abaixo dos patamares registrados entre 2021 e 2024, tornando-se o pior desempenho desde 2020”, ressalta o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

 

“Tal comportamento reflete um ambiente econômico mais prudente, marcado pelo custo elevado do crédito, por incertezas fiscais e por expectativas menos otimistas para os movimentos econômicos de curto prazo”, acrescenta o também economista Alison Fiuza.

 

Com base no Novo Caged, os especialistas elaboram o Boletim do Emprego Formal, disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic). O documento completo, com dados e análises, pode ser consultado no site da entidade.

 

Entre janeiro e outubro, a mesorregião acumulou 12.861 novos empregos gerados, mantendo a série decrescente para o período registrada desde 2021:

 

2021: 22.121 vagas
2022: 16.173 vagas
2023: 14.630 vagas
2024: 13.999 vagas
2025: 12.861 vagas

 

Setores

 

No recorte setorial, a área da saúde mantém-se como o principal vetor de criação de vagas, contribuindo para firmar o setor de serviços como o eixo central do dinamismo regional – o segmento de atividades de apoio à gestão de saúde foi responsável por 1.099 vagas em outubro e lidera o acumulado do ano, com 2.318 novos postos.

 

Já a indústria cerâmica e a produção de cabines e estruturas para veículos seguem enfrentando dificuldades ao longo de 2025 na região Sul catarinense.

 

Municípios

 

Na Região Carbonífera, oito dos 12 municípios registraram crescimento no estoque de empregos em outubro. Balneário Rincão apresentou a maior expansão percentual do mês (1,05%), enquanto Treviso teve o pior desempenho (-2,31%).

 

No acumulado do ano, dez municípios apresentam saldo positivo. As exceções são Siderópolis, com -276 vagas, e Treviso, com -94. Em outubro, Criciúma liderou a geração de empregos na região (+93, chegando a 1.825 de saldo no acumulado do ano), enquanto Siderópolis registrou perda de 27 postos formais no mês.

 

Projeções

 

Segundo os economistas, para o encerramento de 2025 e ao longo de 2026, as projeções indicam um avanço moderado no mercado de trabalho formal.

 

“Taxas de juros ainda altas, instabilidade internacional e oscilações no desempenho das exportações sugerem prudência, mas a ampliação da diversidade produtiva e o fortalecimento contínuo dos serviços devem sustentar a base empregatícia regional”, avalia Rodrigues.

 

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