A leucemia está entre os dez tipos de câncer mais comuns no Brasil e afeta as células sanguíneas, especialmente os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo. A doença é classificada conforme o tipo de célula afetada e a velocidade de progressão. O tratamento varia de acordo com o subtipo e a condição do paciente, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea e terapias-alvo.
Atendimento e referência no CEPON
Em 2024, 370 pacientes com leucemia foram atendidos no CEPON. Além disso, a Unidade de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH), referência nacional em transplantes autólogos e alogênicos, realizou 119 transplantes no mesmo período. Os números ressaltam a importância do diagnóstico precoce e a necessidade da doação de medula óssea para salvar vidas.
Com investimento do Governo do Estado, a estrutura do CEPON está sendo ampliada e modernizada para oferecer um atendimento ainda mais eficiente. “Estamos em uma nova fase de expansão, que inclui a construção de uma área administrativa e o planejamento da transferência do setor de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas, atualmente no Hospital Celso Ramos, para o complexo do CEPON. Essa mudança vai agilizar os procedimentos e proporcionar um acolhimento mais integrado e humanizado aos pacientes”, destaca o Dr. Alvin Laemmel, o presidente da FAHECE.
O diretor-geral do CEPON, Dr. Marcelo Zanchet, reforça a importância da atenção aos sinais da leucemia e da realização de exames de rotina. “O diagnóstico é feito por exames como hemograma e mielograma. Muitas vezes, a leucemia não apresenta sintomas no início, e os sinais variam entre os pacientes e conforme o tipo da doença”, explica.
Os sintomas da doença podem variar de pessoa para pessoa e conforme o tipo de leucemia. Alguns dos sinais de alerta incluem febre de origem obscura, infecções frequentes, sensação de fraqueza e fadiga constante, perda de apetite e emagrecimento sem causa aparente. Além disso, pacientes podem apresentar sangramentos nasais ou gengivais, hematomas sem motivo aparente, dificuldade para respirar, anemia, suores noturnos, inchaço dos nódulos linfáticos, dores nos ossos ou articulações.
Leucemia tem cura
A gerente técnica e hematologista do CEPON, Dra. Mary Anne Taves, reforça que há possibilidades de cura para a leucemia, dependendo do tipo e do estágio da doença. “Receber um diagnóstico de câncer nunca é fácil, mas é importante lembrar que a leucemia tem tratamento e pode ser curada. Embora não haja medidas específicas de prevenção, é importante manter um estilo de vida saudável, evitar exposição a substâncias tóxicas e realizar exames periódicos”, orienta.