“A marca tem que despertar emoção nas pessoas porque é o que motiva elas a comprarem”. Esta foi uma das frases do especialista em neuromarketing, Fernando Kimura, durante a palestra de abertura da Expomais – Encontro Sul-Brasileiro de Marketing, Administração, Inovação e Sinergia, na tarde desta quarta-feira, dia 25.
Kimura trouxe a temática “Inovação em Comunicação e Neuromarketing”, explicando de início as duas sensações as quais geram na memória, que é emoção ou repetição. De um jeito bastante irreverente e citando exemplos de marcas conhecidas no mundo e de como elas atuam no ramo da publicidade, Kimura ilustrou que muitas dessas marcas criam os chamados mitos.
“E é onde entra a repetição. Presunto é Sadia, se é Bayer é bom, dentre centenas de exemplos. Cito as grandes marcas, mas as marcas menores também criam mitos. Uma delas é daqui, a Havan. Quem percorre o país e todo e se deparada com aquela estátua da liberdade já automaticamente associa a loja de departamentos”, citou.
Kimura fez os participantes, em coro, cantar o conceituado jingle de um dos lanches de uma das maiores empresas de fast food do mundo, o MC Donald´s. “Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim. Esta música surgiu em horário nobre com um alto investimento e que ainda dá resultado até hoje, depois de 30 anos. Prova é que todo mundo conhece e a maioria sabe cantar. Isto é um exemplo do que uma marca pode criar a sensação conosco”, brincou.
Adaptar o cérebro
Quem já não se deparou com “pague três e leve quatro, última peça, exclusivo, última oportunidade”? Kimura explicou que isso é um exemplo da chamada recompensa imediata que cria na cabeça um sinal de urgência como sendo uma das sensações no neuromarketing.
“Defina uma sensação e trabalhe em cima disso. Como o exemplo da Coca Cola, que já trabalhou com ‘abra a felicidade, sinta o sabor, o sabor original’. Pense qual a sensação que você quer que as pessoas definam sua empresa. Adaptar o cérebro das pessoas daquilo que nós queremos. Usar a atenção, a memória e a emoção, que é o que se mede numa campanha. Pensem nesses detalhes e de como a sua marcar tem quer ser lembrada”, enfatizou. “Criar coisas, transformar e comunicar o mais próximo possível das pessoas. A marca tem que despertar emoção porque a gente compra pela emoção”, emendou.
Ele também atentou que este é o momento de usar a tecnologia para abranger o público em geral, não somente trabalhar com o público alvo. “Tirar esse preconceito”, completou, acrescentando ainda que há uma mudança de dinâmica, com propagandas mais curtas, como no canal de vídeos Youtube, por exemplo, para atingir a maioria do público, pois grande parte está preocupada com o tempo.
“Os consumidores compram por inclusão, conquista, emoção, necessidade, desejo, status, prazer e até por inveja. Há uma necessidade de reflexão. Do que realmente precisamos. Se alguém anda com você por causa da marca da sua roupa é porque essa pessoa não é seu amigo de verdade. As emoções estão acima disso”, concluiu.
Colaboração: Talise Freitas