Exposição fecha a temporada 2023 do Cultura Acic

Fragmentos Sustentáveis da História, do artista plástico Jesivan da Silva, trará peças desenvolvidas com materiais da ponte Hercílio Luz

 

Um dos cartões-postais mais conhecidos de Santa Catarina, a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, serviu de inspiração para a exposição Fragmentos Sustentáveis da História, do artista plástico Jesivan da Silva, que encerrará a temporada 2023 do projeto de Cultura da Associação Empresarial de Criciúma (Acic).

O lançamento ocorrerá na próxima terça-feira, 12, às 19h30, e a partir de então as obras poderão ser visitadas gratuitamente na galeria de arte da entidade. “Todos estão convidados a participar da abertura e conhecer os trabalhos, que unem arte e sustentabilidade”, convida Iara Gaidzinski, coordenadora do Cultura Acic.

Materiais centenários, utilizados na construção da ponte, compõem as peças em exposição. “Dois anos se passaram desde a primeira ideia de produzir algumas peças de arte com os resíduos da restauração da ponte Hercílio Luz, entre idas e vindas infrutíferas para a aquisição do material e certificá-lo”, recorda Jesivan da Silva.

Até que uma visita à Secretaria de Infraestrutura resolveu o impasse. “O primeiro desafio foi convencer o Governo do Estado a doar os materiais, com o intuito de produzir arte”, comenta.

Com o material doado, veio o próximo desafio: a certificação. “Somente após separar o que era da ponte e o que foi usado para escora na manutenção/restauração, foi possível a correta identificação, tanto das madeiras como do aço, enquadrados como ‘inservíveis’, o que propiciaria a utilização e produção do Certificado de Autenticação”, descreve.

 

Diferentes técnicas

A partir de então, os desafios foram técnicos, como contrapor nas peças o brilho do aço centenário e a ferrugem. “Deixar brilhoso é relativamente fácil, mas seria possível sem retirar as marcas do tempo?”, perguntou-se o artista.

Esse processo foi exitoso, mas ainda faltava tirar o excesso de ferrugem sem riscar a peça. “A ferrugem porosa tem que ser retirada uma a uma, pois contém oxigênio, e mesmo utilizando um verniz de alta qualidade, se não fosse retirada continuaria a progredir”, explica Jesivan.

Foi preciso ainda encontrar soluções para a soldagem do metal e o corte das madeiras, endurecidas pela ação do tempo e pela salinidade, ambos superados com sucesso. “É um privilégio poder realizar esse trabalho com o material da ponte, poder perpetuar por meio da arte a memória desse símbolo tão querido”, avalia.

Comunicação Acic

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