sábado, 12 julho, 2025
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Exame do coraçãozinho pode virar lei municipal

Uma indicação de autoria do vereador Marcio Dalmolin (PSD) sugere a criação de um Projeto de Lei que determine a obrigatoriedade do exame de oximetria, popularmente conhecido como “Teste do Coraçãozinho”, que visa detectar cardiopatias congênitas em recém-nascidos. A indicação já foi encaminhada ao prefeito Murialdo Canto Gastaldon e uma reunião nesta quarta-feira, dia 25, prevê definir a lei. “Esse teste é pouco difundido no Brasil e não deveria”, analisa o vereador.

Segundo ele, há dados que no Estado de Santa Catarina 80% das mortes súbitas em crianças são ocasionadas devido a problemas no coração e isto, poderia ser amenizado com um exame precoce. “No Estado não existe uma lei que obriga este exame e considero imprescindível. Sem contar que um aparelho para fazer este teste custa em torno de R$3 mil o mais caro”, destaca Dalmolin.

O projeto veio à tona, após uma visita de Dalmolin a uma criança moradora da cidade de Orleans que passou por um transplante de coração. “Ela nasceu com metade do órgão e ficou internada num período de um ano em um hospital de São Paulo para tratamento. E hoje passa bem. O diagnóstico foi dado durante a gestação”, conta.

Questionado sobre a possibilidade de viabilizar o exame em Içara, o Secretário de Saúde, Lauro Nogueira, explicou que assim como acontece com o teste do pezinho e da orelhinha, o do coraçãozinho ainda não está disponível via Sus e ainda trata-se de um exame muito caro. “Logo após o nascimento, o recém-nascido passa por uma série de exames para detectar precocemente algumas doenças, sendo o do coraçãozinho ainda mais esmiuçado. Trata-se de um kit que contem uma pulseirinha e faz uma triagem no bebê. Caso apareça alguma alteração se faz necessários outros exames”, explica.

Ainda de acordo com o secretário, em algumas maternidades no Reino Unido, o teste possibilitou a detecção de 75% das alterações cardíacas. Juntamente com outros métodos pré e pós o nascimento, como ultrassonografia e ecocardiograma, a probabilidade de detecção subiu para 92%. “Será estudado as possibilidades para a aquisição deste kit para que seja aplicado no município”, avalia.

Especial Jornal Gazeta

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