A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas de Criciúma e Região, em votação equilibrada, por maioria, decidiu dar novo prazo, até o final da manhã desta quinta-feira, dia 30, para o sindicato patronal apresentar uma nova proposta para fechar a convenção coletiva da categoria. Se não houver acordo, a greve será deflagrada nas principais empresas da região.
Na quarta rodada de negociação, na manhã dessa quarta-feira, dia 29, novamente os patrões estiveram ausentes, representados por dois advogados, e não houve acordo. Com apoio do movimento sindical, antes do meio-dia o movimento de paralisação estava tomando corpo na Tintas Farben, em Içara, quando o sindicato patronal solicitou uma reunião naquele momento.
Da rodada participaram apenas o presidente do Sinquisul, Edilson Zanatta, e Rodrigo Colombo, da Anjo Química, e o presidente e o vice-presidente do sindicato profissional, Carlos de Cordes e Joel Bittencourt. Zanatta, após uma hora de debates, solicitou prazo até o fim da tarde para ouvir outros representantes e ao final do dia voltou a pedir mais tempo, até esta quinta-feira, quando se reunirá com demais dirigentes patronais. O prazo foi concedido e nova rodada ficou agendada para 11h30min, no Sinquisul.
Os trabalhadores defendem a manutenção de todas as cláusulas da última convenção coletiva firmada e reajuste de 3%, sendo que a inflação do período foi de 1,83%. A classe patronal se nega a conceder aumento real de 1,17% e quer alterar a convenção, implantando o “banco de horas”, por exemplo.
Colaboração: Gilvan de França/Ascom Sindicato dos Químicos