O delegado Rafael Iasco revelou detalhes sobre as investigações da morte de Vivian Lais Philippi na tarde desta quinta-feira, dia 23, em entrevista coletiva na delegacia de Içara. O pronunciamento contou com a presença de diversos meios de comunicação que acompanharam o pronunciamento junto dos pais da jovem e do investigador Ernani Bonfanti.
O delegado disse que foram averiguados mais de 300 contatos telefônicos e realizados diversos depoimentos. “Foi um trabalho bastante difícil. Mesmo com as minhas férias, já programadas há oito meses, estive acompanhando o caso junto ao investigador Ernani e outros dois policiais que foram designados exclusivamente à nesta operação”, coloca.
O trabalho iniciou com depoimentos. “Com o depoimento de uma das testemunhas procuramos o suspeito pelo porte físico, depois pela moradia próxima ao local do crime e posteriormente aqueles que possuíam antecedentes. Um garoto de 14 anos chegou a ser investigado, contudo, o porte físico não coincidia. Foi então que chegamos no irmão dele, Mateus Júlio da Silva, de 18 anos, que posteriormente seria comprovado como autor do crime”, revela.
“Foi comprovado que ele não havia trabalhado no dia 4 de março e após o crime deixou a casa dos pais e foi morar em Criciúma com a namorada. Tomamos seu depoimento e foi feito o recolhimento genético. A testemunha reconheceu o jovem e com o laudo positivo fomos de imediato efetuar a prisão. Ele estava em um bar no bairro Tereza Cristina, em Criciúma”, pontua.
No interrogatório o jovem disse quem havia cometido o crime era o irmão de 14 anos. "Esta possibilidade já havia sido descartada. Após sua prisão testemunhas falaram que Mateus estava com diversos arranhões pelo corpo e havia alegado um tombo de bicicleta no mesmo dia do assassinado”, ressalta.
“Só não sabemos ainda a motivação do crime. Ele será indiciado por homicídio qualificado e dentro de dez dias o inquérito deve ser levado ao poder judiciário”, finaliza.
A mãe da jovem está revoltada com a possibilidade do rapaz não ser punido ou reduzir uma possível pena. “E o tempo que ele irá passar dentro da prisão? Se tiver bom comportamento pode sair antes? Que justiça é essa?”, coloca aos prantos, Anna Luiza Müller Philippi.
Caminhada acontece neste sábado
Neste sábado, dia 25, uma passeata será realizada como forma de agradecimento a polícia e da perícia. A passeata iniciará na Praça João Goulart a partir das 9h.
Redação Içara News/Fotos: Rádio Difusora