O Sebrae/SC divulgou na quinta-feira, dia 2, uma pesquisa em que apresenta o impacto da pandemia do Coronavírus nos empregos de Santa Catarina. De acordo com a sondagem, a qual analisou o universo dos pequenos negócios, cerca de 148 mil pessoas já perderam seus trabalhos desde o início do isolamento social no estado, no dia 18 de março. Santa Catarina tem 785.147 pequenos negócios; destes, 380.472 são micro e pequenas empresas e os demais são Microempreendedores Individuais (MEIs), os quais são responsáveis por 91% dos empreendimentos e por 57% dos empregos formais no estado.
Para o estudo, o Sebrae/SC ouviu 2.120 empresários de todas as regiões de Santa Catarina. A pesquisa apresenta um índice de confiança de 95%, cuja margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Dos entrevistados, 19,5% das micro e pequenas empresas afirmam já terem feito, em média, duas demissões nesse período.
“Os números são impactantes e, ao expor isso, o Sebrae/SC chama a atenção para as 148 mil pessoas que estão no caminho da perda de renda, hoje, em Santa Catarina. Entendemos que a luta contra a pandemia é e deve ser prioridade, mas é preciso chegar a um equilíbrio para garantir que essas pessoas possam ter seus empregos, já que essa é a única forma de manter o sustento de suas famílias. A nossa preocupação, neste momento, é com a vida humana”, comenta o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.
Impacto em diferentes setores
Por setor, as mais impactadas foram as micro e pequenas empresas da indústria, sendo que 25,19% precisaram demitir; seguidas pelo comércio, com 22,10%; o agronegócio, com 17,39%; e os serviços, com 16,46%.
Em relação ao faturamento, 91% dos empresários registraram uma redução de 90%, o que resulta numa perda bruta de R$ 4,4 bilhões. Todas as regiões foram fortemente impactadas. Os maiores índices foram na Foz do Itajaí, com 94.30% dos empresários apontando redução, seguida pelo Extremo Oeste, com 93,75%, e o Meio Oeste, com 93,06%. A região do Planalto Serrano foi a que registrou o menor índice, com significativos 88,04% das empresas assumindo queda de faturamento.
Colaboração: Nazario & Bortot/Consultoria em Comunicação