Içara já foi conhecida nacionalmente como Capital do Mel. Com a redução da produção, o título oficial deixou de ser içarense, porém, a cidade continua como referência quando se fala desse alimento, que também é muito usado como remédio. Depois de duas safras com gosto amargo devido às chuvas, os produtores do município esperam alcançar a meta estipulada. 

Conforme o engenheiro agrônomo Saimon Zeferino, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), essa queda na produção levou à escassez do alimento. “Até meados deste ano, tínhamos dificuldade para encontrar mel. Agora, a perspectiva dos produtores é que, com a melhora nas condições climáticas, a produção também volte a crescer no município”, projeta.

Uma parceria com quem desenvolve uma atividade bem diferente tem dado bons resultados. “Há um trabalho interessante dos apicultores com os pecuaristas. Os criadores de gado plantam a flor do trevo, que é uma pastagem, mas também serve para que a abelha produza o mel. Por isso, a Epagri entrega mudas a quem deseja plantar essa variedade em suas propriedades”, ressalta.

Empresário aponta bom momento

A maior parte da produção de mel de Içara, assim como de outras cidades do Sul e da Serra Catarinense, é destinada à exportação. “Há muitas pessoas que vivem apenas da apicultura. Apesar dos problemas pontuais, é uma atividade rentável. A cidade pode voltar a ser a Capital do Mel”, planeja o presidente da Associação dos Apicultores de Içara (API), Agenor Castagna, proprietário de uma empresa de beneficiamento do produto.

Especial Jornal Gazeta