Compulsão alimentar ou comer exagerado?

O termo compulsão alimentar caiu no senso comum e muita gente associa o fato de comer demais a episódios de compulsão alimentar, mas será mesmo?

Nunca tivemos tanto acesso fácil e rápido a alimentos como na atualidade. Provavelmente você já teve a sensação de comer demais em uma festa de aniversário ou já abusou dos doces em dias melancólicos. Essas são situações normais da vida cotidiana e muitas vezes não configuram necessariamente episódio de compulsão alimentar.

Como o ato de comer gera muito prazer ao cérebro, muitas vezes comemos mais do que seria indicado para  nosso organismo e não respeitamos a saciedade que o  corpo nos envia. No entanto ir em uma pizzaria e comer 20 pedaços de pizza ou em um aniversário e comer mais do que gostaria não é considerado episódios de compulsão alimentar e sim de exagero.

Para se configurar episódio de compulsão alimentar precisa haver uma grande ingestão de comida (diferente do habitual) em um período de tempo curto – cerca de 2 horas. Seguido de uma sensação de perda de controle sobre a ingestão alimentar e provocando sentimentos como culpa e vergonha.

Outra diferença do exagero é que não existe seletividade de alimentos, não existe compulsão por chocolate por comer uma barra inteira. O episódio até pode iniciar com chocolate, mas depois parte para outros tipos alimentos. O ponto principal é a perda de controle, comer mais rapidamente que o normal até sentir-se desconfortavelmente cheio.

Podem haver pessoas que apresentam episódio esporádicos de compulsão alimentar ao longo da vida ou aquelas que desenvolvem realmente o transtorno, que deve ser a avaliado individualmente por psiquiatra e/ou psicólogo.

Para apresentar transtorno de compulsão alimentar (TCA) o indivíduo deve ter critérios de frequência e intensidade, ocorrendo os episódios pelo menos uma vez por semana durante três meses, sem comportamentos compensatórios, entre outros aspectos fundamentais.

É importante entender que o TCA gera sofrimento significativo ao seu portador e que seu comportamento deve ser compreendido sem julgamentos, como sintoma de adoecimento adoecimento e tratado por equipe especializada de psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

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