A colheita do milho para silagem na região Sul está chegando ao fim. Conforme dados do Observatório Agro Catarinense, o Litoral Sul possui uma área plantada de 21.114 hectares destinada ao milho silagem, sendo que 2.028 hectares estão concentrados no município de Içara.
A safra 2024/2025 se destaca pelo aumento da produtividade comparado com o ano anterior, impulsionado pelas condições climáticas mais favoráveis, como explica o secretário de agricultura de Içara, Jairo Silveira. “Já estamos no final da colheita do milho safra e a nossa demanda de silagem é um pouco menor do que no final da colheita do milho safrinho. A produção de milho esse ano está acima da média. Tivemos um ano de 2024 com bastante chuva, então a produção está boa e os agricultores acabam destinando para a colheita do grão”, destaca Silveira, informando que o rendimento médio chega a 40 toneladas de silagem por hectare.
Ainda segundo o secretário, a Prefeitura de Içara oferece suporte aos agricultores por meio de duas máquinas de silagem, com subsídio de 50% do custo da hora-máquina. Essa iniciativa visa facilitar o acesso ao maquinário essencial para a colheita, reduzindo os gastos dos produtores. “Os agricultores não têm condições de adquirir o maquinário, então se preocupam somente em plantar e desenvolver a lavoura. Na hora da colheita, a prefeitura dá o suporte e isso é importantíssimo”, reforça Silveira.
A produção de silagem tem papel estratégico na região, especialmente para a alimentação de gado leiteiro e de corte. Apesar da boa produção de milho grão nesta safra, os agricultores da região já se preparam para o plantio do milho safrinha, que ocorre nesta época do ano. “Agora começa a plantar o milho safrinha, e a colheita é sempre na metade do ano. A produção é menor para grãos, então os agricultores aproveitam para fazer a silagem para o gado”, explica o secretário.
Para o produtor rural de Içara, Paulo Jackecheski, o clima se mostrou instável, mas, em comparação ao ano passado, houve melhorias significativas. “O clima foi instável, mas comparado com o ano passado foi melhor. Nesta safra eu estou colhendo o silo para vender. Agora vou plantar novamente na safrinha e dessa vez vou utilizar para fazer a silagem para o meu gado”, conta o agricultor.
Siderópolis auxilia produtores rurais
Dois tratores da prefeitura de Siderópolis trabalham, até nos fins de semana, desde a segunda quinzena de dezembro para a colheita da lavoura de milho para a produção de silagem. O resultado servirá de alimento para o gado, principalmente na produção de leite do município, garantindo alimento no período de inverno. Mais de 25 produtores já foram beneficiados, em mais de 270 horas trabalhadas.
Segundo o secretário de Agricultura, Giovani Luiz De Menech, as máquinas estão no campo desde a segunda quinzena de dezembro, sendo que o trabalho se intensificou neste mês e deve durar até o mês de fevereiro. “Começamos o ano a todo vapor para atender a todos. Mas a demanda é grande”, avalia De Menech, que afirma que a produção deste ano está melhor do que a do ano passado.
A maioria dos produtores rurais fizeram o plantio na metade do mês de agosto, fazendo com que a colheita seja realizada em janeiro. Para o prefeito de Siderópolis, Franqui Salvaro, o Governo vem se esforçado para dar todo apoio e aos produtores rurais. “Nosso município tem mais de 26% da movimentação econômica de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) proveniente da agricultura. Por isso estamos buscando dar atenção e estamos intensificando o atendimento ao produtor rural e pretendemos investir ainda mais neste novo mandato”, comenta o prefeito.
O que é silagem de milho?
A silagem de milho é um alimento para animais que resulta da fermentação da planta de milho, sem a presença de oxigênio. É um alimento rico em energia e proteína, sendo um dos principais componentes da alimentação de bovinos.
A silagem de milho é produzida por meio de um processo de fermentação anaeróbica, que diminui as perdas de qualidade e nutrição da planta. A fermentação é controlada e permite que o produtor tenha acesso a material vegetal fresco, mesmo em épocas de clima desfavorável.
Colaboração: jornal Tribuna de Notícias / Edson Padoim