Ângelo Coffy, de 37 anos, se interessou pela prática há 11 anos, quando foi diagnosticado com transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
O Bonsai é uma técnica milenar do Extremo Oriente de miniaturizar plantas. De origem chinesa, a prática consiste em alguns cuidados específicos de acordo com a espécie de cada vegetal. No entanto, todos eles precisam ser expostos ao sol diariamente por no mínimo quatro horas, sendo mais recomendo o período matutino. Além de muita paciência e dedicação para o cultivo.
As técnicas de crescimento começam com as plantas que estão sendo preparadas para o futuro, normalmente depositadas em vasos plásticos. Quando ainda pertencem ao processo de desenvolvimento e não foram colocadas em recipientes cerâmicos, são consideradas pré-bonsais. É preciso respeitar o período de intervenção em cada uma, principalmente no Brasil, caracterizado por quatro estações ao ano. Em fases como a de inverno, algumas entram em hibernação e não produzem folhas.
O bonsaista e publicitário, Ângelo Coffy, de 37 anos, se interessou pela prática há 11 anos, quando foi diagnosticado com transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Morador de Içara e naturalmente gaúcho, iniciou o conhecimento do Bonsai como alternativa de controlar o estresse. Apesar disso, sempre foi ligado à natureza, característica incentivada pela mãe desde quando era pequeno.
Assim que se mudou para Santa Catarina, cerca de 8 anos atrás, sentiu falta de pessoas que entendessem do assunto, pois não era comum. Foi desta forma que fundou a Confraria do Bonsai do Sul de SC, inicialmente formada por ele e o bonsaista Marcos Fernandes.
Hoje em dia, o grupo é integrado por mais de 30 membros e tem a proposta de encontros mensais, que estão parados devido à pandemia do coronavírus. “Juntamos pessoas que estavam estacionadas e se reativaram no Bonsai. Nas reuniões nós sempre trazíamos professores, conhecidos como senseis, de outros estados, para dar simpósios e workshops”, destaca Coffy.
Estúdio próprio de Bonsai
Mesmo considerando o Bonsai um hobby, o publicitário possui um espaço próprio para o cultivo, conhecido como Ângelo Coffy Bonsai Studio. Ele dedica cerca de 8 horas por dia às plantas, oferece o curso Cultivo de Excelência do Bonsai e tem várias espécies à venda que acompanham consultoria de cuidados ao cliente, manutenção e hospedagem. São mais de 20 categorias disponíveis das estruturas com ramificações, dividias em tropicais e não tropicais.



Algumas das mini-árvores fazem parte da sua coleção, como por exemplo, a jabuticabeira. Ou seja, não está disponível para compra. O valor de cada bonsai pode variar dependendo da idade, quanto mais velho, mais caro.
Orientações
As árvores mais difíceis para o cultivo do bonsai são juníperos e pinheiros, nativas do Japão e propicias para o clima do próprio país. Já as mais fáceis, normalmente indicada para um iniciante da prática, são as frutíferas e floríferas, plantas mais acessíveis a se moldarem a erros dos alunos. “Um exemplo é a amoreira, frutifica logo após três anos de cultivo e após, durante o ano todo”, indaga o especialista.
Os arames podem ser colocados nos galhos para fazer a condução da planta, desde que seja no inicio do processo e mantenha um cuidado de checagem. Além disso, todas as árvores precisam de adubo e manutenção periódica das raízes.

“É preciso de uma poda periódica porque as raízes não param de crescer. O correto é tirar do vaso, colocar na água, lavar as raízes, cortar uma porcentagem e colocar novamente no vaso” finaliza Ângelo acrescentando que “plantas jovens de 5 anos precisam passar pelo processo de forma anual, porque o sistema é muito mais acelerado”.
Redação Içara News