As expectativas iniciais dos pescadores foram abaladas. A projeção era de capturar 200 toneladas de tainha

A tão esperada safra da tainha na área da Colônia Z-33, em Balneário Rincão, teve início no dia 1º de maio e até agora, os resultados não têm sido positivos para os pescadores. Cerca de 500 famílias dependem dessa atividade pesqueira para sustento, e atualmente a região conta com 24 embarcações.

As expectativas iniciais dos pescadores foram abaladas. A projeção era de capturar 200 toneladas de tainha nessa safra, porém, nestes 30 dias, os pescadores conseguiram apenas cinco toneladas.

Rogério Feliciano Cardoso, presidente da Colônia Z-33, expressou preocupação com a situação, em entrevista a Reportagem do Içara News. Segundo ele, se não ocorrer um rebuliço forte por três ou quatro dias consecutivos e o tempo esfriar consideravelmente, os pescadores enfrentarão dificuldades.

“A tainha é o carro-chefe do pescador na região e essa escassez pode trazer consequências sérias para as famílias que dependem dessa atividade. Eu mesmo já tive que ir na barra da Ilha, em Araranguá, pegar peixe com tarrafa pra poder comer em casa”, destaca Cardoso.

Apreensão entre os pescadores

A falta de capturas significativas até o momento tem gerado apreensão entre os pescadores. Eles dependem da pesca da tainha para garantir sua subsistência, uma vez que a espécie é altamente valorizada no mercado. Os resultados abaixo das expectativas refletem a incerteza e os desafios enfrentados pelos pescadores da Colônia Z-33.

Além disso, as condições climáticas têm desempenhado um papel crucial nessa safra. A falta de rebuliços intensos, fenômeno natural que auxilia na concentração dos cardumes de tainha, e as temperaturas relativamente mais amenas têm afetado a pesca. Sem esses fatores, a captura torna-se mais difícil e incerta.

Apesar dos obstáculos enfrentados, os pescadores mantêm a esperança de que o rebuliço necessário se forme e as capturas aumentem significativamente. A tainha é uma parte essencial da economia local e a sua escassez pode trazer impactos negativos não apenas para as famílias de pescadores, mas também para a comunidade como um todo.

Redação Içara News