sábado, 20 dezembro, 2025
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Automutilação: a forma errada de aliviar a dor emocional

A automutilação é qualquer lesão intencional e direta dos tecidos do corpo provocada pela própria pessoa. A forma mais comum é a utilização de um objeto afiado para cortar a pele, no entanto, uma ampla diversidade de comportamentos, incluindo queimaduras, arranhões, bater em ou com partes do corpo, agravar lesões existentes, arrancar cabelos ou ingerir objetos ou substâncias tóxicas, podem também ser considerados automutilações.

O que há por trás dessa conduta?

Não podemos dar uma resposta simplista para algo tão complexo que gera uma angústia dessa natureza, mas grande parte dos casos acontece para aliviar uma dor emocional que a pessoa sinta, independente de qual seja essa dor e o porquê ela esteja presente, os pacientes relatam que a mutilação é uma forma de acalmar os sentimentos e de distraí-los da mente.

Muitos apresentam problemas emocionais, de relacionamento, escolares, baixa autoestima e uma clara rejeição pela sua imagem física. Elevada autocrítica e uma grande dificuldade na hora de expressar e administrar as próprias emoções.

Pode até existir um fator que desencadeia o início desse processo, entretanto quando investigado mais a fundo, observa-se que muito disso vem de fenômenos que ocorrem dentro da família, por exemplo, pais negligentes, pais ausentes, pais violentos, todo tipo de violência, psicológica, física, sexual. Ou ainda o bullying dentro da escola ou cyberbullying, que é o bullying nas redes sociais.

A automutilação pode ocorrer em qualquer idade, porém observa-se um maior número entre os 12 e 24 anos, nesta época as mudanças biológicas e psicológicas da adolescência causam instabilidades afetivas. A necessidade muito grande de se formar uma identidade própria, a inconsistência em compreender as decisões e vontades de outras pessoas, a dificuldade em escolher que profissão seguir ou a pressão da mesma, de quem gostar ou de como gostar desse alguém, são alguns exemplos dessa fase de constantes transformações.

Se você provoca automutilação ou conhece alguém que pratique busque ajuda psicológica!

 

Mariana Tramontin
Psicóloga Clínica CRP 12/17310
Atendimentos em Criciúma e Içara. Telefone para contato (48) 9.9961-5458.

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