As palavras não ditas e seus efeitos nos relacionamentos

Todo ser humano tem a sua intimidade, coisas que não precisam ser compartilhadas com ninguém. Por outro lado, existem determinadas situações em que falar se mostra essencial, entre elas, quando sentir-se magoado com algo que aconteceu e quando envolve colocar limites para deixar claro o que irá ou não aceitar em suas relações pessoais.

Quando nos omitimos de expor o que pensamos, concordamos com o que o outro pretende. Se ausentar de opinar faz com que aceitamos a maneira que o outro nos trata. Ao contrário do que muitos acreditam, guardar suas dores para si não irá fazer com que se esqueça delas, pelo contrário, pois poderá torná-las ainda mais intensas.

Compartilhar sentimentos com quem nos relacionamos é fundamental, afinal o outro não tem bola de cristal para adivinhar o que você sente e nem é obrigado a isso. São nessas atitudes que mostramos o outro o nosso limite, e nos reconhecemos como pessoa. Cada indivíduo tem os seus valores e o seu modo de ver a vida, assim, algo que eu considero inaceitável pode não ser para você e vice-versa. Nenhuma pessoa tem como adivinhar as preferências do outro e a única maneira de deixá-los saber o que te causa desconforto ou te faz feliz é falando a respeito do assunto.

Em tempo de comunicações instantâneas perdemos a habilidade de nos comunicar com profundidade, de ouvir o que o outro tem para falar, ouvir não com o intuído de responder e sim compreender, ter empatia. Não falar sobre o que sente não é ser forte. Não falar sobre o que sente não é ser frio. É preocupante. Por isso fale quando não concordar, quando alguma coisa lhe ofender, quando uma atitude lhe chatear.

Em algumas circunstâncias preferimos guardar, por receio de não sermos ouvidos, respeitados ou até mesmo acolhidos em nossas colocações. O medo de se expor perante o parceiro, de confiar sua fragilidade ao outro, entra na equação como um componente vertiginoso. Ninguém quer sair de um relacionamento “por baixo”. Preferimos engolir o que é impossível de digerir e depois sofrer os efeitos físicos e psíquicos dessa decisão.

Não esqueça que é importante nos afirmarmos, mas também como fizemos isso, o tom de voz e o momento certo. Uma vez que quando estamos emocionados, a tendência é que não refletimos racionalmente sobre as situações concretas e a comunicação tende a ser mais falha. Se não puder falar com respeito e amor, espere até que possa. Aprender a se comunicar nos relacionamentos pessoais, profissionais, etc. é fundamental para mantermos uma qualidade de vida e evitar conflitos.

Se você carrega uma bagagem pesada de angústia nunca falada aí dentro de você, essa bagagem que ocupa um espaço tão desnecessário, procure ajuda. Não há nada do que se envergonhar. Lembre-de: Quando a comunicação entre as pessoas é pobre, os vínculos facilmente se enfraquecem.

 

Mariana Tramontin
Psicóloga Clínica CRP 12/17310
Atendimentos em Criciúma e Içara. Telefone para contato (48) 9.9961-5458.

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