Um problema silencioso que quando não detectado de forma precoce pode levar à morte súbita. O aneurisma de aorta se tornou mais conhecido no último mês, após o apresentador Otaviano Costa detectar o problema em um exame de rotina e ter que se submeter emergencialmente a uma cirurgia cardíaca. É uma doença que pode ser detectada precocemente e, se identificada, diminui o risco de complicações mais sérias aos pacientes.
“A aorta é a maior artéria do corpo e se origina do coração, do ventrículo esquerdo. A aorta divide-se em três segmentos, aorta ascendente, aorta transversa e aorta descendente. O aneurisma corresponde a uma importante dilatação do vaso de, pelo menos, 50% do diâmetro normal e pode ocorrer em qualquer dos segmentos da aorta. Podemos ter aneurisma de aorta torácico ou abdominal. A ocorrência deve-se a várias causas como tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, idosos, aterosclerose, doenças inflamatórias ou infecciosas que acometam a aorta, causas familiares e genéticas”, explica o cardiologista clínico e ecocardiografista do Hospital São José de Criciúma, Dr. Fabiano Coral Ceretta.
De acordo com o especialista, os casos são mais comuns nos idosos, mas também podem acometer pacientes jovens, principalmente em causas inflamatórias, infecciosas ou genéticas.
“A maioria dos pacientes com aneurisma são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas. Geralmente são diagnosticados em exames complementares de imagem. Alguns pacientes, dependendo da localização do aneurisma, se no tórax ou abdome, podem apresentar pulsação, dor ou sintomas de compressão em outros órgãos”, afirma.
Importância da prevenção
Como na grande maioria dos casos são assintomáticos, a recomendação é da realização de consultas médicas principalmente em pessoas de mais risco, visando avaliação do sistema cardiovascular com médicos clínicos e cardiologistas.
“Nestas consultas normalmente são solicitados exames complementares de imagem como raios-X e ultrassonografia que detectam os aneurismas. Depois de detectados realiza-se exames mais minuciosos para melhor análise. O grande risco dos aneurismas é ruptura que, na grande maioria dos casos, leva a morte súbita. Por isso, é importante a detecção precoce para realiza-se o tratamento adequado. Algumas vezes realiza-se tratamento com cirurgia ou próteses percutâneas. Outras vezes utiliza-se medicamentos e acompanhamento. A grande mensagem que devemos passar é estimular as pessoas a fazerem consultas preventivas e, desta forma, garantir a detecção precoce da doença”, finaliza Dr. Fabiano.
Colaboração: Comunicação HSJosé