Quem passa pelo Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), pela Praça da Juventude Fernando Pacheco ou pela Praça São Donato percebe constantemente a presença de skatistas realizando suas manobras. Até mesmo nas ruas é possível ver crianças, jovens e adultos adeptos da modalidade. Uma dessas pessoas que “vive” o skate é Willian de Souza, de 23 anos.
“Essa é uma paixão que tenho desde pequeno e foi crescendo no dia a dia. Tive um primo que me apresentou o skate quando eu tinha oito anos e assim comecei a brincar e fui criando este amor. Na época, morava em Criciúma e logo depois vim para Içara, onde fiquei até os 11 anos”, conta o rapaz. “No retorno a Criciúma, procurei me aprimorar e a partir de então fui buscando ser atleta”, acrescenta.
Ele salienta que as primeiras manobras de fato foram realizadas na Praça da Juventude Fernando Pacheco, na região central de Içara. “Foi aqui que a ação começou. Antes disso, era somente brincadeira de criança, coisa simples. Depois disso, na volta para Criciúma, passei apenas a me aprimorar”, salienta. “Não é uma pista bem estruturada, mas pelo menos já era algo que tínhamos para poder começar. E diante disso, muitas vezes vou para a pista da Praça da Juventude andar mais um pouco”, completa.
Esportes que se tornou profissão
Com o gosto pelo skate e o bom desempenho nas competições, o esporte acabou virando profissão para Willian, que continua a praticar diariamente nas pistas e ruas de Içara. “Hoje consigo ‘me virar’ com o skate. Os patrocínios ajudam e também tem a questão das premiações dos campeonatos, quando a gente consegue uma boa colocação”, explica. “Nos campeonatos, às vezes é premiação em dinheiro e às vezes é em material, daí nesse caso a gente acaba vendendo e consegue agregar dinheiro”, informa o atleta.
Preconceito
Na visão de Willian, o maior obstáculo é o preconceito de pessoas que estão fora da modalidade. “A gente começa a andar pelas ruas e as pessoas acham que a gente vai quebrar tudo. A gente garante que não vai estragar, mas existe muito preconceito, infelizmente. Se tirarmos isso, o skate é uma maravilha. Para mim é tudo”, considera o atleta.
Especial Jornal Gazeta