Você já teve alguma oportunidade bacana de conhecer pessoas novas, se apresentar em algum evento, coordenar uma reunião importante no seu trabalho ou conhecer um badalado ponto turístico e, disse não? Você se recorda o motivo pelo qual negou? Vamos compreender a diferença entre Vergonha e Fobia Social, palavras que podem ter vários sentidos, porém, podem explicar o que você sente nas relações sociais do seu dia a dia.
A vergonha é um sentimento desagradável, experimentado por pessoas que receiam sentir-se ridículas perante uma determinada situação, ou seja, o fato de acreditarem estar sendo observadas pelos outros gera acanhamento, dificultando a interação com os outros. Ambientes novos, desconhecidos ou pessoas estranhas à sua rotina podem fazer com que você se sinta tímido ou um pouco ansioso, porém, a tendência é que você vá se familiarizando com estes locais ou pessoas no decorrer da situação em que se encontra.
Por outro lado, temos a Fobia Social, esta por sua vez faz com que as pessoas geralmente evitem qualquer situação ou local em que estará exposta. Os sintomas físicos que normalmente se apresentam são: tensão muscular, náuseas, diarréia, tonturas batimentos cardíacos acelerados e por consequência a sensação de falta ar ou dificuldade para controlar o fôlego. Os sintomas psicológicos apresentados são, de maneira geral, o medo, a preocupação e a ansiedade.
Na Fobia Social, o medo ocorre devido às pessoas acreditarem estar sendo julgadas a maior parte do tempo pelos outros, pela forma com que se comportam, falam, fazem as coisas, ou ainda, de apresentarem sintomas físicos e se constrangerem. Aqui dizemos que estas pessoas sentem medo, de sentir medo. A preocupação se refere ao fato de se tornarem “o centro das atenções” em alguma situação, o receio de cometer falhas seria muito constrangedor. E por fim, a ansiedade ocorre pelo fato de não saber o que esperar de qualquer que seja a situação.
Fique atento ou peça as pessoas próximas a você, que tentem perceber sinais de constrangimento, preocupação ou pânico excessivos. Se este tipo de situação estiver atrapalhando suas atividades diárias ou interferindo na sua qualidade de vida, principalmente nas relações sociais, procure ajuda médica e psicológica. O médico irá avaliar a necessidade do uso de medicação para melhora dos sintomas e, o psicoterapeuta auxilia na diminuição da intensidade dos sintomas e na compreensão dos pensamentos disfuncionais ou negativos, desenvolvendo habilidades que proporcionem mais confiança. De maneira efetiva, o psicólogo auxilia na aprendizagem de novos comportamentos diante das situações temidas, sendo necessário que a pessoa esteja disposta a enfrentar seus medos (o que chamamos na Terapia Cognitivo-Comportamental, de exposição) e como resultado, conseguirá sentir-se mais confiante e à vontade diante dos eventos e pessoas com as quais precisa se comunicar, ou seja, trabalhamos com Habilidades Sociais.
DICAS:
- Dê os primeiros passos, a tomada de decisão e iniciativa é fundamental para quem quer superar algo;
- Tenha um objetivo e foco, você é capaz de se adaptar a novos comportamentos, basta que esta seja sua decisão;
- Esteja próximo das pessoas com quem você se sinta confortável, eles podem ser bons parceiros quando tiver que se expor;
- E, por último, você é responsável pela sua mudança, mesmo com apoio de um profissional, acredite em você, invista em você!! Esta é a sua melhor versão!!
Aline Castagnetti Borges
Psicóloga Clínica CRP-SC 12/14464
Atendimentos em Forquilhinha e Criciúma. Telefone para contato (48) 9.9944.3533.