A Unesc e a Prefeitura de Criciúma oficializaram, na tarde desta segunda-feira (22/12), a assinatura do termo de cooperação técnica que viabiliza a atuação de egressos da Universidade beneficiados pelo Programa Universidade Gratuita (UG) no município. O encontro ocorreu na sede do Executivo Municipal e marca mais um avanço na consolidação de políticas públicas voltadas à transformação social e ao desenvolvimento regional.
A iniciativa integra uma política pública do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado da Educação, e fortalece a aproximação entre a formação acadêmica e as demandas reais da comunidade. A partir da cooperação, profissionais formados pela Unesc e contemplados pelo Universidade Gratuita passam a realizar a contrapartida social prevista no programa, atuando diretamente em prefeituras e instituições parceiras.
Criciúma está entre os municípios que aderem a esse movimento, que amplia o alcance do programa e potencializa o impacto do conhecimento produzido nas universidades comunitárias. A reitora em exercício da Unesc, Gisele Silveira Coelho Lopes, reforçou a importância da parceria e o caráter transformador da iniciativa. “Não temos dúvidas de que o Programa Universidade Gratuita é o maior programa do Estado de Santa Catarina e do Brasil, com um poder de transformação pela base na educação. Agora é o momento em que os nossos egressos estarão junto às entidades e aos municípios para realizar a contrapartida social, um benefício público que simboliza a confiança do Estado na formação de novos profissionais e no fortalecimento da matriz econômica catarinense”, afirmou.
Segundo Gisele, o programa também beneficia instituições de origem pública não estatal e do terceiro setor, fortalecendo ações em áreas estratégicas como saúde, educação, engenharia, entre diversas outras formações. “Estamos falando de médicos, engenheiros, enfermeiros, fisioterapeutas e profissionais de todas as áreas do conhecimento, que estarão à disposição dos municípios para a prestação de serviços qualificados. Hoje, a Unesc conta com 267 egressos aptos a realizar a contrapartida. Esse processo ocorrerá por meio das entidades parceiras, que disponibilizarão os campos de atuação, e o profissional poderá escolher tanto a área quanto a instituição em que irá atuar. Por isso, é fundamental que a prestação de serviço oferecida por cada município”, comentou Gisele.
A reitora licenciada da Unesc e secretária de Estado da Educação Luciane Bisognin Ceretta, enfatizou que a formalização dos acordos de cooperação amplia o alcance do programa. Para ela, a articulação entre Governo, universidades e municípios consolida a educação como instrumento de transformação social. A contrapartida social, segundo a secretária, potencializa o impacto do Universidade Gratuita ao garantir que o conhecimento produzido nas universidades comunitárias retorne à sociedade por meio de serviços qualificados.
“Essa parceria com a Unesc foi muito bem estudada e construída com responsabilidade. A ideia não é apenas receber estudantes, mas oferecer experiências reais, alinhadas com as necessidades do Município e com as áreas de formação de cada aluno. Com um fluxo bem definido e acompanhamento da gestão, todo mundo ganha: o aluno, a universidade e, principalmente, a população de Criciúma”, destacou o prefeito de Criciúma, Vagner Espindola.
O programa
A contrapartida social do Universidade Gratuita consiste na prestação de serviços vinculados à área de formação do egresso, totalizando 20 horas mensais para cada mês de benefício recebido, com limite máximo de 480 horas. As atividades devem ser realizadas em território catarinense, preferencialmente após a conclusão do curso, em um prazo de até dois anos.
O objetivo é contribuir diretamente para o desenvolvimento social, econômico e comunitário das regiões atendidas. O não cumprimento da contrapartida implica a devolução dos valores investidos pelo Estado.
Atualmente, mais de 50 mil bolsas estão ativas nas 13 universidades comunitárias que integram a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). A expectativa é que o programa beneficie cerca de 70 mil estudantes até 2026, ampliando ainda mais seu impacto na formação profissional e no desenvolvimento de Santa Catarina.



















