Um idoso é agredido a cada dois dias em Içara

A violência contra pessoas idosas é realidade no Brasil e em Içara, onde o número de casos preocupam. Conforme levantamento do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), são registrados em média 15 novos casos todos os meses, ou seja, uma nova ocorrência a cada dois dias. 

“É um número que consideramos como bastante significativo. Além de denúncias que são quase diárias, temos também o acompanhamento de alguns casos em que não é possível chegar a alguma solução, em função de conflito familiar”, comenta a assistente social do Creas, Daniela Militão.

Segundo ela, há diversas maneiras para que as informações cheguem até o Creas. “A maioria das denúncias é feita por algum familiar, ou então por vizinhos. Há informações também que chegam até a gente em função de boletim de ocorrência na delegacia, Ministério Público, da Secretaria de Saúde ou do Disque 100 (número para denunciar de forma anônima)”, comenta.

Conforme a assistente social, dificilmente esses casos são denunciados pelo próprio idoso. “A grande maioria das denúncias é feita por terceiros. Para que seja o idoso que faça a denúncia, é preciso que ele tenha muita autonomia e muita lucidez daquilo que está fazendo. Mas na maioria dos casos o idoso sempre é dependente de alguém, inclusive do agressor”, alega.

Para uma cidade do porte de Içara, este é um número consideravelmente alto, segundo ela. “Porém, há um ponto positivo, que é a questão da denúncia. As pessoas passaram a denunciar mais, não estão aceitando os maus tratos aos idosos e por isso estão informando os órgãos oficiais. Havia um tempo em que os casos aconteciam, mas não eram denunciados, por isso que os números eram menores. A violência infelizmente é permanente em algumas famílias”, explica, por sua vez, a psicóloga Luciana Jerônimo.

Cada caso atendido pelo Creas tem no mínimo seis meses de acompanhamento. Depois de todo o procedimento realizado, os profissionais seguem fazendo observações sobre a situação das vítimas. “Nós temos que identificar se realmente esse problema foi sanado, pois se voltou a ser registrado, temos que voltar a trabalhar com aquele referido caso”, justifica Daniela.

 

Especial Jornal Gazeta

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