Apicultores de várias regiões de Santa Catarina comemoram uma safra recorde de mel na chamada safrinha deste ano. Porém, em Içara os profissionais enfrentaram problemas que prejudicaram a produção. “Tínhamos uma expectativa muito positiva, mas o tempo foi fator determinante para que a safra saísse prejudicada. Somente para se ter uma ideia, teve um período de aproximadamente dez dias em que houve a formação de um ciclone, algo maléfico para a produção do mel”, aponta o presidente da Associação Brasileira dos Entrepostos do Mel (Abemel) e diretor de uma fábrica de beneficiamento do produto em Içara, Agenor Castagna.
Ainda não ocorreu o fechamento do balanço, com os números finais da produção, mas de acordo com Castagna, a média fica entre oito e dez quilos produzidos por colmeia. “Somente para comparação, no Oeste chegou a ter uma média de 50 quilos por colmeia. Isso é apenas para analisarmos a diferença. No Norte do Estado também teve uma grande produção”, coloca.
Valor em alta
A produção do mel na região acabou não sendo positiva, mas o valor do produto segue em alta no mercado, ao ponto de o presidente da Abemel afirmar que se vive um dos melhores momentos da história nesse quesito. “Faz cerca de dois ou três anos que o valor do produto está muito bom, realmente com um preço competitivo. Isso faz com que se compense um pouco a baixa produção que acabou se tendo em função do tempo”, comenta Castagna. De acordo com ele, o valor praticado torna-se atraente para a exportação.
O mercado está pagando entre R$ 12 e R$ 13 o quilo do mel no atacado, tanto para o mercado interno quanto para exportação. Esse valor é o dobro do pago pelo mel da Argentina e do Uruguai, por exemplo.
Especial Jornal Gazeta