Foi com a ajuda dos profissionais da Subsecretaria de Políticas Públicas Sobre Drogas de Içara, que * Maria, 62 anos, (*) nome fictício, largou o vício do álcool. “Bebi 30 anos sem parar, achava que isto era o refúgio para os meus problemas. Estava enganada”, conta ela, que está há dois anos sem encostar em um copo de álcool. Agora, em uma nova fase, revela estar ótima. “Nunca me senti tão bem. Consegui me libertar. A psicóloga da Subsecretaria me deu muitos conselhos, o que me ajudou muito. Ainda estou em tratamento, mas já me considero recuperada. Foi Deus quem colocou estes profissionais em minha vida”, fala satisfeita sobre o apoio que recebeu da equipe.
Única no Estado, o trabalho desenvolvido pela Subsecretaria de Políticas Públicas Sobre Drogas de Içara, teve início em dezembro de 2011, com o foco de atuar na prevenção contra o álcool e drogas em escolas e empresas, mas devido a demanda, a atuação se tornou bem mais ampla. “Iniciamos com palestras e divulgação de campanhas em parceria com o Programa DST/ HIV/ Drogas de Içara, só que tivemos muita procura e iniciamos um grupo na época com os familiares de dependentes químicos. Nossa intenção era escutar o que eles estavam precisando e tentar de alguma forma ajudar. Vinculamos o ambulatório de álcool e drogas e assim ampliamos o serviço”, conta a especialista em dependência química e coordenadora da Subsecretaria Sobre Drogas, Mara Rubia Scremin.
A dependência química é um dos maiores problemas sociais do momento. “Trata-se de um vilão e o que é pior, atinge diretamente famílias, perde-se a confiança, destrói lares e acaba afastando os mais próximos. Por meio de nossos serviços buscamos o restabelecimento, bem como sua reinserção junto à sociedade e o retorno à convivência do lar”, destaca o Secretário de Saúde de Içara, Tiago Marcolino.
Conforme Mara Rúbia existem vários fatores que levam as pessoas ao uso de drogas, a questão social é uma delas. “Muitas vezes a criança e o adolescente acabam entrando no mundo das drogas pela influência, convívio e questões familiares. Na adolescência a influência dos amigos é a grande vilã. Neste período aquilo que o pai ou a mãe falam muitas vezes não é a verdade para eles, mas sim o que o amigo falou. Por isso é importante trabalhar a prevenção e não somente o tratamento. Adquirir a droga é muito fácil”, considera a Mara Rúbia.
Ainda segundo ela, nesse trabalho que desenvolve junto aos dependentes e familiares se faz necessário muito amor e ser livre de julgamentos. “Eu vou ter que acolher aquele paciente que veio pela primeira vez com amor e dedicação, como aquele que já veio dez vezes, que recaiu dez vezes. Eu vou ter que ter o mesmo carinho, dedicação, respeito”, fala.
Colaboração: Imprensa PMI
