Conforme negociação conduzida pelas federações que representam as classes laboral e patronal no Estado, a convenção coletiva dos trabalhadores no setor químico de Criciúma e região foi mantida. O reajuste salarial concedido será de 2%, para uma inflação de 1,83% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC), e o piso da categoria aumentado em 3%.
“Foi a vitória do bom senso, do diálogo e da busca pelo consenso, em uma fórmula que pode e deve ser repetida em situações de conflitos e impasses”, disse Idemar Martini, presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria de Santa Catarina (Fetiesc).
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte, entende que a solução de mediação “inaugura uma nova possibilidade e Santa Catarina mostra, mais uma vez, sua capacidade de inovar e encontrar soluções para impasses”.
Depois de mais de um mês de negociações na base dos quase três mil trabalhadores do setor, os trabalhadores entraram em greve, paralisando três empresas em dois dias de protestos, quando os patrões ingressaram com requerimento de instauração de dissídio de greve, negado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas com interditos proibitórios concedidos liminarmente em primeira instância.
“O caminho natural e tradicional seria a instauração de dissídio coletivo, mas antes que isso ocorresse, em audiência frustrada de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, surgiu a proposta de mediação do conflito por representantes de segunda instância de representação, no caso federações, que construíram um acordo que satisfez as duas partes”, explica o vice-presidente Joel Bittencourt, no exercício da presidência do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico.
Colaboração: Gilvan de França/Sindicato dos Químicos