Um trabalha como eletricista em uma indústria de fundidos e usinados. Outro atua como representante comercial em uma empresa de cosméticos. Esses são, respectivamente, os irmãos Daniel e Rafael Schülter Fernandes. Embora tenham profissões diferentes e inclusive morem em cidades distintas, eles aprenderam desde cedo a lidar com as semelhanças, pois são gêmeos.
Naturais da comunidade de Pedreiras, no limite entre os municípios de Içara e de Balneário Rincão, os irmãos têm 30 anos. Hoje, Daniel reside em Criciúma e Rafael, em Forquilhinha. Mas ambos mantêm ligações com a cidade natal, tanto que os dois atuam em empresas içarenses. Ao longo da vida, o fato de serem gêmeos, uma condição genética pouco comum, fez com que eles tivessem histórias interessantes.
“Ser gêmeo é algo bastante estranho. Algo que impressiona a nós é que nós sabemos o que o outro está sentindo. Até inclusive uma questão que acontece muito é eu estar pensando em uma música e na hora que vou começar a cantar, o meu irmão começa a cantar a mesma música. Isso é algo que nos acompanha a vida inteira”, relata Rafael. “Isso é assustador, é muito intuitivo”, completa, aos risos, Daniel.
Estuando juntos desde criança, os irmãos deixaram a frequentar a mesma sala de aula somente no curso técnico. “Quando chegamos no curso técnico, começamos a fazer elétrica juntos, mas foi aí que nos separamos, porque eu desisti e fui para a área de meio ambiente. Foi a primeira separação”, conta Rafael.
Futebol e filhos mantêm a ligação entre irmãos
Diante da vida profissional e do casamento, os dois começaram aos poucos a tomar caminhos diferentes. Mas tem algo que faz com que eles se mantenham unidos: o futebol. Ambos são torcedores do Criciúma, porém não é o clube tricolor que faz com que eles continuem esta união. Eles atuam como cartolas em competições amadoras.
“Há alguns anos, pelo bom contato que tinha e por trabalhar na Carbonífera Criciúma (que manteve time por anos), comecei a participar dos jogos como dirigente. E como meu irmão também conhece e gostava, chamei”, diz Rafael. As filhas dos irmãos também vivem com constante comunicação, o que mantém os pais também se relacionando.
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