Quando a menopausa chega, traz um conjunto de dúvidas junto com ela. O período nem sempre está associado à velhice feminina, mas pode fazer com que as mudanças provocadas no organismo sejam incômodas às mulheres. Para responder às inquietações o especialista Matthew Robertson, presidente do departamento de cirurgia ginecológica da Clínica Mayo, na Flórida, elaborou um guia das dúvidas mais frequentes.
Veja quais são:
1) O que ocorre quimicamente no corpo da mulher durante a menopausa e quais os primeiros sintomas?
A transição ou fase prévia da menopausa começa, em média, quatro anos antes do último período menstrual. Durante esse tempo, ocorrem muitas alterações fisiológicas, incluindo irregularidades dos ciclos menstruais, palpitações, distúrbios do sono, sintomas do estado de ânimo e ressecamento vaginal.
2) É possível prever quando exatamente vai aparecer?
Não é possível prever com certeza quando a mulher terá o último ciclo menstrual.
3) O que se pode fazer para minimizar os sintomas mais graves da menopausa, tais como palpitações, irritabilidade, falta de desejo sexual e ressecamento vaginal?
Muitos desses sintomas podem responder à terapia de substituição hormonal e/ou a uma classe de medicamentos conhecidos como inibidores seletivos de recaptação da serotonina. Esses medicamentos só devem ser tomados depois de consultar um médico, para discutir seus riscos e benefícios.
4) Existem outras consequências da menopausa não tão conhecidas ou discutidas?
Sim. As alterações cognitivas, a dor articular, depressão, enxaquecas, alterações na densidade óssea e alterações no metabolismo dos lipídeos. Tudo isso pode ocorrer na menopausa.
5) Alguma dieta especial, que possa ser benéfica, a recomendar?
Em geral, recomenda-se que todas as pessoas adotem uma dieta anti-inflamatória. O exemplo mais próximo é o da dieta mediterrânea.
6) Os tratamentos alternativos são eficazes? Para quem são recomendados?
É difícil de avaliar com certeza a eficácia das terapias alternativas, porque muitos desses tratamentos não foram submetidos a estudos clínicos rigorosos. Essas terapias incluem, mas não se limitam a, estrogênios de origem vegetal (fito estrogênios), que são encontrados em alimentos como soja, grão-de-bico, lentilhas, semente de linhaça e trevo vermelho (trevo-dos-prados). Os tratamentos à base de ervas, como a cimicífuga racemosa, também podem ser utilizados. Alguns estudos sugerem que não é mais eficaz que o placebo.
Por fim, alguns medicamentos normalmente utilizados para outros fins têm sido considerados para ajudar no problema de palpitação – eles incluem a gabapentina e vários antidepressivos.
Colaboração: Agência RBS



















