sábado, 15 novembro, 2025
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Relações afetivas violentas? Saia dessa!!

Ai, esse “amor”,
deixou marcas no meu corpo.
Ai, esse “amor”,
só de pensar, eu grito, eu quase morro!
Com você, meu coração pede socorro!!

Inicio o texto com um trecho da música da cantora Naiara Azevedo – Coração Pede Socorro. A música faz parte de uma ação do Ministério de Direitos Humanos e Secretaria das Mulheres, que busca conscientizar sobre a violência contra a Mulher. É triste perceber que mesmo após tantas campanhas e permanência deste assunto na mídia, os casos continuam aumentando.

E como é uma relação violenta?
Muitos são os sinais que o parceiro vai mostrando ao longo do tempo. No início as proibições podem ter um caráter aparentemente não patológico, como se fossem demonstrações de ciúme ou amor. Porém, passam a ser unilaterais, sem negociação por meio de diálogo, onde apenas a opinião do parceiro importa. Isso traz a ideia de propriedade na relação, mas questiono: Alguém pode ser dono de outra pessoa? A resposta é não.

Até este momento, muitas vezes a mulher não se dá conta que está em uma relação violenta. A partir daí, perde autonomia nas tomadas de decisões, podendo sentir-se culpada (ou quando o parceiro faz com se sinta), por atos meramente simples do seu dia a dia, como sair com amigos, ir ao shopping ou até mesmo ao supermercado. Para todo movimento, tem de haver uma justificativa, como se fosse necessária uma permissão.

Muitas mulheres acabam tolerando estes atos, sem se dar conta de como alimentam o comportamento disfuncional do parceiro, justamente por acreditarem que irão ocorrer mudanças. Apresentam atitudes de autossacrifício, colocando as necessidades do outro acima das suas.

O parceiro sabendo que a mulher já percebe que há algo errado, inicia um processo romantizado de desculpas, prometendo que ações violentas não mais ocorrerão. Porém, a mudança não acontece e um ciclo de repetições se inicia. A mulher passa a ter medo de se distanciar ou terminar a relação, ou em casos de violência física, por exemplo, fazer uma denúncia.

Como deve ser uma relação, um namoro saudável?
Entende-se por relação saudável, aquela em que ambos tenham valores pessoais em comum, onde há valorização do parceiro pelo que ele é, respeitando o espaço de cada um, uma vida social aberta, onde outras pessoas possam conviver com o casal, enfim… o que torna a relação saudável é o respeito, o apoio e o suporte para serem felizes.
Não se deixe enganar por um amor que cause dor e sofrimento. Cuide de si, ame a si mesma e seja feliz diante das escolhas que você faz!!

 

Aline Castagnetti Borges
Psicóloga Clínica CRP-SC 12/14464
Atendimentos em Criciúma e Araranguá. Telefone para contato (48) 9.9944.3533.

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