Durante a elaboração do texto fiquei me questionando o quanto as pessoas atualmente falam sobre estes dois temas tão polêmicos e ao mesmo tempo tão importantes. Já falamos em outras oportunidades aqui na coluna sobre suicídio e depressão, porém, com os últimos acontecimentos em nossa região, creio ser necessário tocarmos novamente neste assunto. Fiquei triste ao ouvir comentários de pessoas desinformadas ou preconceituosas, fazendo julgamentos acerca dos motivos pelos quais uma pessoa está na situação em que está ou o que leva ela a permanecer daquela maneira.
Então eu questiono você, leitor: “O que você pensa ou conhece sobre estes assuntos? Você convive com alguém que tem ou já teve depressão? Sabe o que é conviver com uma pessoa com risco de suicídio? Sabe o que ela está sentindo ou pensando?”. Se a resposta for sim, abrimos um espaço para discussão do que pode ser feito para melhorar a assistência a estas pessoas. Se a resposta for não, então convido-o a obter maiores informações, só assim não se corre o risco de repassar opiniões distorcidas.
Os sintomas mais presentes na depressão são: sentimentos de tristeza e desesperança, alterações no apetite, diminuição da energia, sentimentos de desvalia ou culpa, pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos e tentativas de suicídio, crises de choro. O rendimento cognitivo diminui, as queixas mais freqüentes são dificuldades para concluir um pensamento, elaborar idéias, dificuldade para se lembrar de fatos, mesmo que estes tenham ocorrido há poucas horas.
Me referindo ao suicídio, se visualizarem meu primeiro texto, esta parte que segue estará lá, creio que é exatamente o que gostaria de falar à vocês: “As causas não estão ligadas a um diagnóstico único ou específico, porém, o elevado número de suicídios ou tentativas do mesmo estão associados a alguns fatores, sendo estes físicos ou comportamentais. Neles se incluem: depressão, problemas de relacionamento interpessoal, desemprego, uso ou abuso de substâncias psicoativas, transtornos afetivos ou de ansiedade, enfermidades, dentre outros”.
Caro leitor, você percebe como as informações se fundem? Como psicólogos, nós temos o dever de auxiliar na elaboração de pensamentos, sentimentos e comportamentos mais funcionais, a fim de repensar em meios que modifiquem e melhorem a qualidade de vida das pessoas que se encontrem nestas situações. E você, enquanto cidadão, o que tem feito para o crescimento e o bem-estar das pessoas com quem convive? Pessoas com depressão ou suicidas não tem “cara” disso ou daquilo, seja empático, seja gentil, aprenda a ser ouvinte também, muitas vezes, os pedidos de ajuda vem das pessoas mais próximas com as quais convivemos. Espero ter auxiliado de alguma maneira na reflexão sobre estes temas!! Quaisquer dúvidas, estou a disposição.
Aline Castagnetti Borges
Psicóloga Clínica CRP-SC 12/14464
E-mail: alinecastagnetti1@gmail.com
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