Considerado um importante instrumento no enfrentamento ao crime e mesmo uma forma de prevenir ações criminosas, o sistema de videomonitoramento segue emperrado em Içara. Apesar de recursos previstos através de emendas parlamentares, o município ainda não recebeu o repasse do Governo do Estado e segue com apenas 11 equipamentos do projeto Bem Te Vi, desenvolvido pela Polícia Militar.
A esperança é de que até o final do ano pelo menos R$ 260 mil, incluídos no orçamento do Estado para esse fim, sejam repassados para a instalação de novas câmeras. “Para isso é preciso também de fios e computadores para fiscalização. Então, no momento ainda não é possível saber quantas câmeras serão colocadas. Estamos aguardando o Governo do Estado passar esse dinheiro para a prefeitura para que eles liberam para o Conseg”, explica o presidente do Conselho Comunitário de Segurança, Celso Luiz da Silva.
Ele lembra que o sistema auxilia no trabalho da Polícia Militar, sobretudo na identificação de pessoas que cometem delitos. “Há um tempo atrás, uma senhora foi vítima do golpe do bilhete premiado e tinha um carro esperando ela fora (do banco). Com ajuda do videomonitoramento, conseguiram identificar a placa do carro”, conta. “Em outro caso, duas pessoas tentaram assaltar uma loja e por causa das câmeras conseguiram identificar rapidamente quem eram. As câmeras têm essa função de auxiliar na vigilância do municipio”, reforça Silva.
Atualmente, o projeto Bem Te Vi funciona apenas na área central da cidade. Mas a ideia é ampliar o sistema para os bairros, inclusive aqueles que servem de entrada e saída do município. Outra forma de realizar essa expansão é através do novo sistema de iluminação pública, cujos postes poderiam receber também as câmeras. O recurso, conseguido através de emenda parlamentar, está garantido, entretanto, ainda é necessário que o valor seja liberado pelo Governo do Estado. E, como 2018 é ano eleitoral, isso só pode acontecer após o término do pleito, de acordo com a legislação.
Especial Jornal Gazeta