O feijão está em época de comercialização entre agricultores e os distribuidores do produto, indispensável na mesa dos brasileiros. Como houve queda na safra, a perspectiva é de que neste ano o valor da saca tenha um aumento considerável e isso deve refletir diretamente no bolso dos produtores, inclusive os içarenses.
“O que direciona o valor do produto é a produção no Paraná, pois boa parte do que é produzido no país vem deste estado. Este ano houveram alguns problemas e por conta disso o aumento já é visível nos supermercados”, destaca o engenheiro agrônomo da Epagri de Içara, Luiz Fernando Búrigo Coan. A perspectiva é de que nas próximas semanas a saca de 60 quilos possa ser vendida ao valor de R$ 200. Até então, ficava na faixa entre R$ 160 e R$ 170. “O quilo é comercializado hoje entre R$ 4 e R$ 5. Se confirmando a tendência, deve encarecer mais”, declara.
Plantação em Içara
Em Içara, conforme dados da Epagri, são cerca de 2 mil hectares utilizados no cultivo de feijão e a justificativa para uma safra menor foi o forte calor registrado nos primeiros meses do ano. “Devido às condições do tempo, a plantação rendeu em média de 15 sacas por hectare. No verão deu um calor exagerado, justamente na floração, e isso acabou prejudicando. E em abril, logo depois de uma semana de calor intenso, tivemos dias com excesso de frio. Isso foi muito prejudicial”, destaca o produtor Vanderlei Della Bruna, da localidade de Linha Esperança, em Içara.
Especial Jornal Gazeta
