Dicas de professora da Unesc podem ajudar nos cuidados com a memória em tempos de estímulos exacerbados (Foto: Divulgação/Agecom/Unesc)
Quando se fala em cuidar da própria saúde, pensamos logo em nutrição, pele, ou mesmo disposição física. Entretanto, os cuidados com a memória não podem ser esquecidos, pois é através dela que se recorda momentos felizes ou tristes. O problema é quando se passa a esquecer de informações indispensáveis no dia a dia. Para esse caso, a psicologia já tem nome: chama-se “Névoa Mental”.
Segundo a professora da Unesc, Carla Sasso Simons, o termo tem origem na expressão em inglês “Brain Fog” se refere ao que acontece quando o nosso cérebro não consegue funcionar adequadamente.
“Significa que o nosso cérebro está funcionando, mas que falta alguma coisa para que ele funcione plenamente, ou seja, não temos uma alteração estrutural e sim uma alteração fisiológica”, explicou Carla à Unesc Rádio.
De acordo com a professora, homens e mulheres sofrem o mesmo índice de casos, porém pode haver situações variantes de acordo com o estilo de vida de cada pessoa. As variações, conforme Carla, podem ser desde exposição a telas ou questões clínicas que podem podem surgir ao longo da vida.
“Os primeiros estudos relacionados à Brain Fog revelaram que as pessoas de média idade entre os 55 e 60 anos eram os maiores acometidos. Entretanto, a idade desses pacientes reduziu e hoje há casos em adultos jovens entre 20 e 40 anos”, ressaltou a Dra. Carla Sasso.
Profissões mais acometidas
“De acordo com as evidências, profissionais que trabalham com tecnologias estão mais propensos em virtude do excesso de telas e também pela necessidade de estar programando ou trazendo informações diferentes”, alertou.
A professora recomenda que seja estipulado um limite diário para o uso de tecnologias, pois o excesso pode trazer prejuízos à saúde dos olhos. “Acima de oito horas diárias já é algo prejudicial tanto para a retina quanto para a questão cerebral. Isso ocorre porque quando estamos nas telas, o primeiro estímulo vem pelos nervos ópticos”, explicou.
No que se refere às crianças, sabe-se que a exposição é ainda maior, porém, já existem registros de estudos que revelam que a exposição infantil às telas pode ser benéfica à memória dos pequenos.
“Elas utilizam mais para jogos e tudo o que se repete vai melhorando a memória e geralmente precisam buscar mais informações para subir de nível no jogo”.
Como tratar a Névoa Mental?
“A maior parte do tratamento é cognitiva e comportamental. Em poucos casos a neurologia pode determinar a aplicação de medicação. Quadros, rotinas e lembretes são alguns dos métodos”, concluiu a professora.
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Colaboração: comunicação Unesc