Nas últimas temporadas, em especial nas duas mais recentes, foi comum chegar em Balneário Rincão e verificar que diversas casas de veraneio estavam fechadas, ainda disponíveis para a locação. Para o verão 2017/2018, porém, a tendência é de melhora nesse cenário, com a expectativa do setor de incremento expressivo na demanda por imóveis de aluguel.
“O ramo de locação é um que a recessão atinge muito rapidamente, e a retomada do processo de crescimento é algo demorado”, analisa o diretor de locações de temporada do Sindicato de Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC), Duda Mondardo.
Ele estima que o acréscimo em relação à temporada anterior pode chegar a 30%, ainda não havendo recuperação total, mas já demonstrando sinais reais de melhora. “As últimas três temporadas foram muito ruins, devido a uma sucessão de resultados negativos da economia, mas agora estamos otimistas”, aponta.
De acordo com Mondardo, além do fato de a economia nacional estar dando sinais de melhora, ações realizadas por corretores imobiliários, juntamente com os proprietários das residências, foram fundamentais para a recuperação. “Os preços baixaram em média 20%, se comparados com 2013/2014”, informa.
Quem faz a mesma avaliação é o corretor imobiliário Stefano Albuquerque, embora com uma perspectiva de incremento menor. “Não vejo que chegue a 30%, acredito que um pouco menos, 15%, 20%, mas tem, sim, um sinal de melhora na questão dos aluguéis para a temporada de verão”, comenta o profissional.
Albuquerque ainda salienta que uma mudança significativa foi no modelo de locação. “Muita vezes se trabalhava com aluguel de um ano. Na busca por alugar, reduziu-se os meses necessários para seis. A gente pode até ficar sem a locação durante a baixa temporada, mas pelo menos garante que esteja alugada no verão”, considera.
Especial Jornal Gazeta