A produção de fumo no município de Içara tem tido uma constante queda ao longo dos últimos anos e a safra 2018/2019 deve mais uma vez não ter qualquer crescimento. Desta vez, trata-se também de uma orientação do próprio Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A medida é exatamente para que os agricultores que trabalham na fumicultura não busquem expandir a área plantada.
“Ressalto que nós não estamos determinando, mas estamos orientando os nossos produtores a não ampliarem a área de plantio em relação ao ano passado e até, se for possível, que reduzam esses índices, passando a utilizar parte do terreno para outra cultura”, explica o presidente do sindicato, Jair de Stefani.
De acordo com ele, esta é uma orientação que está sendo oferecida para que os agricultores tenham maior ganho com aquilo que plantam. “Existe a lei da oferta e da procura: quanto menor a oferta, mais alto fica o valor. É isso que estamos buscando. Oriento os agricultores para que eles diversifiquem a sua produção, não fiquem dependentes apenas do fumo”, aponta.
A produção de fumo em Içara historicamente sempre foi grande, chegando próximo aos cinco mil hectares de plantio. No entanto, este ano, com a constante redução que está havendo e também com a orientação para esta safra, a projeção desta vez é não passar de dois mil hectares cultivados.
Em Içara, nos últimos anos tem se trabalhado de forma intensa a constante diversificação da produção agrícola, em especial valorizando os orgânicos, exatamente o caminho tomado por diversos trabalhadores que antes plantavam fumo. No entanto, a fumicultura ainda representa a maior parcela de produção e de faturamento do setor rural na cidade, aproximadamente 700 famílias trabalham na plantação de fumo na cidade.
Especial Jornal Gazeta