PF investiga material apreendido na operação República Velha

Após o cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis, Criciúma, Içara e Morro da Fumaça, nessa sexta-feira, dia 24, o delegado Rafael Antônio Broetti concedeu entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em Criciúma, para falar sobre as investigações da operação República Velha. A ação visa apurar possíveis crimes eleitorais.

“Foram feitas buscas em órgãos públicos, mas queremos esclarecer que não são objeto de investigação. As buscas ocorreram nesses locais por pertencer a pessoas investigadas”, ressaltou o delegado.

Ele enfatizou que a PF não irá divulgar nomes de possíveis envolvidos neste momento, nem os cargos que ocupam. “Trabalhamos de forma sigilosa”, frisou.

Segundo Broetti, o foco das investigações é apurar a origem do dinheiro que teria sido operado pelo grupo investigado por caixa 2 e compra de votos. “Cerca de R$ 560 mil não foram declarados à Justiça”, informou.

Por isso, a busca e apreensão em escritórios, residências e até gabinetes dos coordenadores de campanha e do próprio candidato investigado, resultando no recolhimento de HDs, notebooks, telefones celulares, planilhas e outros documentos.

De acordo com o delegado, não há previsão sobre o tempo que será necessário para concluir as investigações, diante do montante de material apreendido. Mas assim que ocorrer a análise, tanto os investigados quanto outros possíveis envolvidos serão chamados a depor.

 

A operação

 

A Polícia Federal deflagrou a operação República Velha para apurar delitos eleitorais de falsa prestação de contas à Justiça Eleitoral (o chamado caixa 2), corrupção eleitoral e formação de quadrilha, que teriam sido cometidos no decorrer da campanha de 2014. Não houve presos, apenas o recolhimento de material para investigação.

As investigações, iniciadas em janeiro deste ano colheram fortes indícios de que, no decorrer da campanha, para eleger uma pessoa candidata ao cargo de deputado estadual, os investigados teriam constituído um grupo para burlar a legislação.

Conforme a PF, houve a utilização de recursos de origem obscura e não contabilizados (caixa 2), para custear despesas não declaradas à Justiça Eleitoral e promover o aliciamento de eleitores mediante o oferecimento/dação de dinheiro e/ou vantagens, a popular compra de votos.

Especial Jornal Gazeta

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