Menos de dois meses após a ocorrência, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) divulgou o resultado da perícia realizada na fábrica de produtos descartáveis destruída pelo fogo no dia 11 de março em Içara. Conforme o relatório apresentado nesta segunda-feira, dia 7, as chamas na unidade localizada no bairro Cristo Rei foram provocadas por faíscas de um ventilador.
“O laudo pericial do CBMSC esclarece que o incêndio ocorrido na empresa surgiu através do circulador de ar (ventilador). O referido circulador de ar estava energizado, o que ocasionou um fenômeno termoelétrico, o qual foi comprovado pelos inúmeros traços de fusão primária, decorrentes de centelhamentos no rotor”, aponta o documento.
“Todo incêndio deixa marcas nos locais por onde ele passou. É como marcas de pegadas deixadas na areia. Após interpretar os vestígios deixados por essas marcas, seguiu-se tais pegadas até a região identificada como sendo o local de maior probabilidade de encontrar a causa do incêndio. A partir de então, o perito tem de ‘sujar as mãos’: analisar os materiais consumidos pelas chamas e coletar hipóteses e vestígios a fim de serem confirmadas”, consta no laudo.
Os peritos em incêndio e explosão do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, capitão Luiz Felipe Lemos e primeiro tenente Jihorgenes Luciano Borges, ainda ressaltam que os danos ao patrimônio não foram superiores por consequência da rápida intervenção do Corpo de Bombeiros Militar, que iniciou o combate decorridos sete minutos da primeira chamada atendida pelo telefone 193, número de atendimento a emergências.
Especial Jornal Gazeta