Vivemos cercados de tecnologia, comodidade e individualismo, presenciamos atrocidades contra a própria espécie e ficamos inertes diante da barbárie. O que dizer sobre o ser humano que mata o outro por alguns trocados? Ou aquele que mata por puro prazer e ainda tem aquele simplesmente mata todos os dias, mas não mata o corpo mata a alma. Interessante ou deprimente difícil de definir mas a realidade é que as pessoas não se sensibilizam com o sofrimento alheio.
Não lutamos contra algo que nos aflige pelo contrário ficamos acomodados, fragilizados e aos poucos estamos nos perdendo na teia tecnológica ao ponto de esquecer da parte humana de cada um. Obviamente que a evolução tecnológica é algo revolucionário em todos os aspectos porém não podemos deixar que esse individualismo natural do mundo virtual nos atinja ao ponto de não sabermos olhar para Outro.
Talvez você não tenha essa concepção pois já está tão inserido no processo que não senti mais falta do contato mais próximos com as pessoas. Pequenos hábitos desaparecem como um oi, bom dia, e até mesmo um sorriso. Vivemos num mundo coletivo de forma isolada e cada dia este isolamento aumenta se antes sentavamos à frente da TV para assistir algo , hoje estamos olhando as nossas telas com fones e tudo o que for preciso para o conforto tecnológico.
Estamos dentro do mesmo cômodo e cada um com no seu aparelho falamos através deles quando bastaria abrir a boca e falar, tão simples porém raro. Estamos a cada dia ficamos mais distantes uns dos outros apesar da conexão constante. Perde-se o toque , o físico, o aroma da vida quando ela simplesmente passa diante de nossos olhos distraídos sem foco. Ainda há tempo para buscar as pequenas sensações pré- era tecnológica?
Colaboração: Emanuela da Silva