O verão 2017/2018 não vem apresentando temperaturas altas ou períodos prolongados de calor, como geralmente ocorre nesta época do ano na região. Além disso, a chuva tem se tornado mais frequente, não sendo apenas pancadas isoladas.
“O que tem atrapalhado um pouco mais em virtude deste tempo atípico é a plantação de pastagens (usada na alimentação do gado). Elas exigem temperaturas mais altas, pois quanto mais calor, mais elas produzem”, informa o agrônomo da Epagri em Içara, Luiz Fernando Búrigo Coan.
Entretanto, ele lembra que as chuvas constantes ajudam a manter o equilíbrio. “Tanto que estamos conversando com produtores de leite e eles não têm reclamado muito, porque a chuva está dando condições de umidade no solo e assim o pasto consegue se desenvolver”, aponta.
Outra cultura que sofre com o verão atípico é a de arroz, pois também requer temperaturas altas para se desenvolver. Mas a principal preocupação é o excesso de umidade, o que favorece a incidência de doenças.
“Ainda não temos dados estatísticos para dizer o que houve de perda, mas com o excesso de chuva o produtor teve que reforçar a aplicação de defensivos contra doenças”, explica o agrônomo.
Coan cita outras culturas que têm plantação nesta época do ano, como o milho e a soja. Entretanto, ele ressalta que nesses dois casos há situação diferente em relação ao arroz e às pastagens, o que fez com que não houvesse prejuízos em relação à produção.
“Em relação ao milho, o excesso de chuva atrapalhou a colheita, já que não é possível entrar na lavoura com as plantas molhadas”, comenta.
“A soja está recém plantada e, além disso, a área é pequena, então não é um problema muito grave”, considera o agrônomo.
Especial Jornal Gazeta
