Um encontro realizado na ultima semana, na Câmara de Vereadores de Cocal do Sul, reuniu pais e apoiadores com o objetivo de conhecer, debater e estudar a implantação da AMA – Associação de Pais e Amigos de Autistas no município.
O encontro contou com a participação da diretora da APAE Rosiclei Prior Viola, além de professores, profissionais da área, comunidade interessada na defesa dos autistas e vereadores.
A associação é uma construção entre pais e interessados que se dedicam a construir um futuro que ampare seus filhos e proporcione a eles maior independência e produtividade. Segundo a vereadora, é hora de começar para colher os frutos no futuro. “O processo não é simples e vamos precisar de muita união, voluntariado, consciência e parcerias. Até conseguirmos os recursos em nível estadual, por exemplo, é uma longa caminhada. Junto com o Legislativo, Executivo, pais e a ajuda da APAE, que hoje exerce um papel fundamental no atendimento aos autistas, vamos fortalecer o trabalho em prol de políticas públicas que garantam os direitos dessas famílias”, reforça Maria Luiza.
O tema foi abordado de forma técnica pelas convidadas Viviane Bortolotto, professora há 24 anos, ex-orientadora pedagógica da AMA de Criciúma e futura diretora da ANAA de Nova Veneza, e Neiara Vichinhesk, presidente da ANAA e vice-presidente da AMA de Criciúma. Ambas são mães de autistas e atuam no processo de instituição da Associação em Nova Veneza, que está completando três anos. Durante o encontro, elas explicaram todo o processo de criação, as dificuldades, desafios e motivaram o público presente a avançar.
Durante o encontro, pais puderam expor suas necessidades e falar sobre a importância do município ter uma associação para lutar pela qualidade, avanços e oportunidades para o acompanhamento e tratamento.
“Demos o pontapé inicial. A reunião foi muito positiva, tiramos todas as nossas dúvidas e agora é vencer cada etapa. Sabemos que não vai ser fácil, mas nossa luta é pela qualidade do atendimento, com profissionais capacitados e que atendam às necessidades de fato. Acreditamos que uma associação que venha a atuar dentro dessa linha só vai ajudar”, avalia o pai Israel Keoma Machado Francisco.
Ao final do encontro, formou-se uma comissão provisória para dar início aos trabalhos de forma efetiva. Hoje, os autistas do município recebem tratamento por meio da APAE. São cerca de 70 crianças, mas esse não é o número exato de pessoas no espectro autista em Cocal do Sul. Há muitas crianças que ainda precisam de atendimento e muitas outras que estão no processo de diagnóstico.
Colaboração: Maria Luiza
