Enquanto as crianças esperam ansiosas pelas férias escolares, os pais que trabalham em período integral tentam achar uma solução para conseguir conciliar a vida profissional com os cuidados com os filhos. A professora Giovana Brígido, conta que precisa da ajuda da mãe para cuidar do pequeno Guilherme, 4 anos. Segundo ela, a preocupação surgiu logo que a escola anunciou a paralisação por uma semana.
“Por conta de um problema de saúde, preciso sair diariamente para realizar tratamento. E não tenho como levar ele junto, até porque o ambiente não permite. Então peço socorro à minha mãe que mora no mesmo prédio que eu e é quem fica com ele. Mas ela também já é mais idosa e fica complicado”, explica.
Além disso, Giovana relata que tem que buscar atividades extras para conseguir ocupar o ilho. “Na escola ele pula, brinca com os amigos, está sempre em movimento. Dentro de um apartamento isso já fica mais limitado. Inclusive, tive um gasto a mais porque instalei a TV a cabo por conta dos programas infantis. Assim ele se entretém um pouco e consegue ter alguma diversão”, pontua.
Assim como Giovana, Cida de Vasconcelos também busca opções alternativas. Ela, no entanto, tem trabalho dobrado, já que cuida do sobrinho e do filho. “Como eu sou autônoma e trabalho em casa, ainda consigo cuidar deles sem pedir para ninguém ficar. E até acho gostoso porque é importante termos esse momento para nos divertirmos com ele. Mas, confesso, tem que ter criatividade já que eles querem atenção o dia inteiro”, ressalta.
Para ajudar nesse processo vale tudo. Brincadeiras educativas, pintura, desenho e DVD’s. O importante é manter a criança ocupada. “O bom é que eles juntos também se divertem. Então estão sempre brincando juntos ou eu coloco algum programa na televisão. O que importa é não deixar sem fazer nada porque senão eles ficam entediados”, acrescente Cida.
Colônia
Nas férias de verão, as escolas públicas geralmente realizam a Colônia de Férias. Já no mês de julho, por ser um período curto, os pais não contam com essa possibilidade. Uma alternativa é optar pelas escolas escolares que ofertam esse tipo de trabalho. Angela Guglielmi, mãe do pequeno Davi, conta que não teve outro jeito.
“Infelizmente eu e meu marido trabalhamos o dia inteiro e como não tenho família aqui em Içara, não tinha com quem deixar. A sorte é que existem as escolas particulares que realizam esse trabalho”, assinala e diz que o processo de adaptação foi tranquilo. “É por pouco tempo, mas eu não senti diferença alguma. Ele se deu muito bem e está gostando dos novos amiguinhos. Isso nos deixa tranquilos porque é importante também que ele se sinta bem”, acrescenta.
A escola Trem da Alegria é uma das que realiza esse trabalho. De acordo com a proprietária Andreia Martignano dos Santos, quatro crianças foram recebidas nesse período de férias vinda de outras instituições.
“Nós não paramos justamente pelo fato de que muitos pais não têm onde deixar as crianças. E trabalhamos também com crianças de outras escolas. Temos um cronograma pedagógico que é cumprido durante todo o ano. E com esses “novos” alunos, praticamos atividades como músicas, teatro, fantoche, pintura e etc”, completa.
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