Não, eu não acredito, mas a pergunta se impõe. O Criciúma que já foi campeão de Copa do Brasil, campeão de Série B e série C, um dos grandes do futebol catarinense vai ficar nisso que estamos vendo? São seis jogos pela Série B, uma vitória, dois empates, três derrotas, três gols no campeonato, amargando a zona de rebaixamento na 18ª posição. O futebol do Criciúma vem deixando muito a desejar. As contratações não renderam e os resultados são pífios. Cabe ao treinador explicar aos tricolores e corrigir os erros que se acumulam enquanto é cedo, se é que ainda é cedo.
Gabriel Honório e a saída do Tigre
Esta semana nosso meia atacante nos deixou e foi para a Luverdense jogar a Série C. O garoto de 22 anos com um bom futebol, rápido, habilidoso, oriundo das quadras de futsal foi refém de uma diretoria que vem acabando a anos com o Criciúma através de negociações malfeitas e tendenciosas. Gabriel tinha vários requisitos positivos para ter mais oportunidades no Tricolor Carvoeiro. Precisaria apenas de jogo para ganhar ritmo e confiança, ainda mais com a carência de meias ofensivos que o clube tem no momento. Uma pena!
Fim da carreira e a difícil escolha da hora certa de parar
Em todos os esportes, atletas não estão prontos para o recomeço. Romário só parou de jogar aos 42 anos, mesmo assim, a contragosto. Marcos só parou porque não aguentava mais as dores. Não é a toa que o fim da carreira é um tabu para os atletas. Ao longo da vida, os jogadores assumem a identidade de heróis. Nesse sentido, parar é como se fosse à morte em vida. Maicon Sizenando precisa entender que sua hora chegou. Um jogador com uma carreira tão bonita, vem maltratando a bola constantemente a cada partida e com isso prejudicando o seu time. Kleina que parece não ter pulso para barrar o atleta insiste em montar um esquema onde este profissional possa participar atrapalhando o mínimo o desempenho do seu time. Sem sucesso. Maicon hoje é um jogador a menos na equipe carvoeira e sua permanência pode trazer danos irreparáveis ao Criciúma na competição.
Dá para ainda acreditar no Marlon?
Olhar para um lateral, qualquer que seja o seu lado do campo, e não pensar em um belo cruzamento na cabeça do atacante era praticamente impossível décadas atrás. Quem nunca ouviu: “lateral que não sabe cruzar não é lateral”. Aquele cara habilidoso, com muita força de arranque e chegada ao fundo era um dos maiores protagonistas ofensivos de grandes equipes. Marlon hoje é o oposto de tudo isso. Sem potência no arranque, com aquele mesmo drible de sempre e sem nenhuma chegada ao fundo resume-se em um ala previsível que economiza a pouca força que tem com cruzamentos para área adversária lá do meio campo, na maioria das vezes interceptados pelo primeiro marcador e gerando contra ataques perigosíssimos a equipe. Não é nem perto aquele jogador que teve aqui em sua primeira passagem e destoa bastante do futebol apresentado ainda no ano passado. Futebol que levou a sua renovação e por muitos foi comemorado, inclusive eu.
Mais uma semana para trabalhar
Na próxima rodada, o time de Gilson Kleina, enfrenta o Vila Nova. A partida será disputada no Majestoso as 16h30, em Criciúma. Briga de duas equipes que tem o tigre como mascote, mas vem jogando como “gatinhos”. Vindo de derrota contra o Londrina dentro de casa, o treinador do Vila, Eduardo Batista, está na berlinda e mais um resultado negativo pode ocasionar sua demissão. Por isso, no Heriberto Hülse, com esta pressão que vem sofrendo a equipe goiana e com a possível volta do artilheiro Leo Gamalho, Kleina tem uma semana para trabalhar, surpreender e mostrar-nos que o Tigre Carvoeiro ainda pode brigar por algo este ano.
Uma ótima semana a todos a até a próxima Cornetada de 2ª!