quinta-feira, 16 janeiro, 2025
Ultimas noticias

O que é transtorno dismórfico corporal?

Você já ouviu falar sobre este transtorno? Quais os primeiros pensamentos que lhe surgem à mente quando sugiro este tema? Algo relacionado à bulimia ou anorexia? Ponto para você. Existe uma relação entre isto sim.

O Transtorno Dismórfico Corporal se refere à maneira como as pessoas se vêem, com relação à sua imagem corporal, é necessário que exista uma distorção irreal na percepção de seu corpo, um defeito imaginado de alguma parte do corpo ou preocupação excessiva com o mesmo. As queixas geralmente estão relacionadas a pequenos defeitos ou imperfeições pouco aparentes no corpo. Está muito presente na bulimia e na anorexia e acomete mais mulheres do que homens.

Na atualidade e com a onda de ter corpos esculturais, sarados, fitness, formamos nossa percepção de saúde, atratividade ou aceitabilidade social pautados nas observações de familiares, amigos, treinadores ou pares afetivos. Muitas vezes as maneiras de alcançar alguns objetivos não são saudáveis, e é onde este tipo de transtorno se esconde. A busca pela perfeição e a autocrítica influenciam no desenvolvimento da autoestima e autoimagem corporal negativas.

A necessidade de alcançar essa “perfeição corporal” causa ansiedade, angústia e sofrimento, impedindo que a pessoa perceba de forma real a si mesma. Muitas vezes a insatisfação por não alcançar o estado desejado determina comportamentos disfuncionais alimentares e importantes distorções de pensamento, que devem ser trabalhadas em terapia.

Para pessoas que possuem este transtorno existe dificuldade em aceitar a opinião alheia, justamente porque para elas, a maneira como estão se enxergando é muito real. Algumas frases são bem comuns, seguem exemplos:

“Estão dizendo que estou muito magra, mas quando me olho no espelho só consigo enxergar um corpo gordo”.

“Eu me olho, mas não consigo parar de acreditar que o defeito que vejo em mim não e real”.

“Se eu vejo um defeito, então eu preciso modificá-lo. Seja por meio de dietas, de plástica, mas eu preciso modificá-lo. Para mim, ele causa sofrimento. Eu me sinto feio (a)”.

Precisamos compreender que este é um assunto muito sério, que tem acometido principalmente mulheres jovens e que tem levado a níveis muito altos de suicídio, pelo sofrimento que causa e pela demora na identificação e tratamento do transtorno. Seguem alguns dos principais sinais apresentados:

  • negação de magreza, ainda que esteja abaixo do peso;
  • insatisfação com o corpo (repulsa);
  • obsessão por espelhos (constantes checagens da imagem corporal);
  • enxergar o tamanho de determinadas áreas do corpo maiores do que realmente são;
  • evitar situações que tenha que mostrar a parte do corpo que acredita ser “imperfeita”;
  • usar roupas largas ou longas, escondendo certas partes do corpo;
  • comparação frequente com o corpo de outras pessoas (principalmente àquelas que tomam como referência de beleza);
  • queixas frequentes sobre insatisfação e sobre defeitos (mesmo que sejam imperceptíveis para os outros);
  • baixa autoestima e perda de interesse em atividades que antes participava.

Depois de todas estas informações, o questionamento que fica é o seguinte: é possível mudar? E a resposta é sim. Com acompanhamento médico (farmacológico), nutricional e psicológico é possível. A psicologia auxilia na compreensão dos pensamentos e percepções (reais ou não), e na modificação dos mesmos para a retomada à realidade, a reinserção social e modos de vida saudáveis.

 

Aline Castagnetti Borges
Psicóloga Clínica CRP-SC 12/14464

Atendimentos em Forquilhinha, Criciúma e Içara, no Centro Clínico La Vie, no Bairro Jardim Silvana. Telefones para contato: (48) 9.9944.3533 ou (48) 3468.4304.

Gostou da notícia então compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Mais lidas da semana

Noticias em destaque

Noticias

Outros links uteis