O caso do gambá no HH ainda rende. Entenda!

Aproximadamente nove mil torcedores presentes no estádio Heriberto Hülse em jogo entre o Tigre e Londrina, no dia 14 de abril, quando o Criciúma obteve vitória por 1×0 com gol de Marquinhos Gabriel, pelo Campeonato Brasileiro da Série B de 2022, viveram minutos inusitados e de euforia.

Os gritos não festejavam mais um gol, não foram porque um jogador adversário foi expulso, nem porque o árbitro da partida escorregou e caiu. Na verdade, havia um invasor nada comum em campo: um simpático e serelepe gambá passeava pelo gramado, desfilando todo o seu charme e gingado.

Passado o fato, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) exigiu uma resposta da direção do clube, que por sua vez procurou a Unesc que passou a fazer estudos acerca do assunto para responder a questão: é comum que um gambá estivesse no estádio, localizado na área central de Criciúma? Lembrando que para a CBF, a entrada de um animal no decorrer do jogo é passível de multa.

Para desvendar o caso o coordenador do Departamento de Ciências Biológicas e do Laboratório de Zoologia e Ecologia dos Vertebrados e professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Fernando Carvalho, fez a primeira visita ao Majestoso nesta quarta-feira (25), junto de sua equipe.

“Em reunião com a direção do clube foi traçada uma estratégia para entender o que precisa ser feito e para tentar identificar se há incidência de outros animais e em quais locais podem se alojar durante o período diurno, pois esses gambás são de hábitos noturnos”, revela o professor. 

Rastreando os bichos

Para identificar se há mais animais circulando no interior do estádio, serão instaladas dez câmeras fotográficas, que são ativadas por movimento. Então, caso um bicho passe por ela, uma foto ou um vídeo é registrado.  “Com estes equipamentos, queremos ter certeza se há algum animal e qual. Se houver, partiremos para a retirada deles e a destinação adequada”, comenta Carvalho explicando que o Criciúma precisa preparar uma justificativa de que aquilo foi um acidente “e a chance de acontecer novamente será minimizada, mostrando que está se preparando para enfrentar este problema”.

Ao final do trabalho, será elaborado um relatório com as características de tudo que foi observado. “Estamos produzindo, juntamente com a Unesc, um documento que garanta ao Criciúma uma sustentação jurídica em caso de reincidência”, explica o presidente do clube, Anselmo Freitas acrescentando: “Os profissionais e prestadores de serviços do clube também receberão a instrução correta no caso de acontecer novamente”.

Alexandra Cavaler – Redação Içara News (informações assessoria CEC)



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