No comércio ambulante, a fonte de renda

Há nove anos, o até então motorista de uma empresa de ônibus Pedro Boaventura, morador de Içara, iniciou a comercialização de sucos à beira de estrada. O comércio ambulante, que começou como uma fonte de renda extra para a família, acabou virando profissão. “O rendimento que tinha como motorista não estava sendo legal. Foi então que junto com a minha esposa tive a ideia de passar a fazer suco e vender. E assim estou até hoje”, conta.

Atualmente, ele trabalha também como vendedor de produtos de limpeza. O trabalho na comercialização de sucos à beira da estrada, entretanto, não dura o ano todo. Boaventura e a esposa dividem-se nas vendas em dois pontos distintos, mas costumam ficar apenas nos períodos mais quentes do ano, quando a demanda é maior.

“No inverno pouco se vende por causa do frio, já que as pessoas costumam tomar coisas mais quentes. Pode até acontecer de ficar um dia inteiro e não vender nada. Então costumamos vender apenas nos quatro, cinco meses que compreendem o verão. Um pouco antes, um pouco depois, mas basicamente é este período”, justifica.

Vendidas a valores entre R$ 3 e R$ 4, ele afirma que o número de unidades comercializadas varia de acordo com o dia. “Se a gente pega uma semana com sol de 30ºC, em média, chegamos a vender cerca de 250 garrafinhas de suco. O pessoal vê, para o carro e compra. Mas quando dá uma semana com temperaturas mais amenas, as vendas então acabam sendo menores”, diz o vendedor.

Boaventura salienta que, diante da crise econômica pela qual passa o país, as vendas estão tendo queda. “Posso dizer que caiu quase 50%, se comparado com três, quatro anos atrás. Até há alguns anos, em uma semana boa a gente conseguia chegar a 400 garrafinhas vendidas. Hoje não dá nem de imaginar isso”, finaliza.

 

Especial Jornal Gazeta

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