Nível de rua gera reclamações no Demboski

A elevação do nível da Rua Nossa Senhora Aparecida, no bairro Demboski, em Içara, tem gerado reclamação por parte de moradores. Eles afirmam que, após a colocação do calçamento na via, suas casas passaram a ter maior risco de alagamento, pois a água da chuva não teria por onde escoar. 
 
“Desde o começo, nós estamos alertando para esta situação. Antes de iniciarem a pavimentação, já dissemos que era necessário rebaixar a rua. Conversamos com ‘todo mundo’ da Prefeitura e da empresa que fez a obra, mas não nos ouviram. Apenas pensaram em colocar terra e mais terra, e hoje está assim, trazendo um monte de problemas para a gente”, diz o morador Alzenir de Souza.
 
Outro que reclama da situação é o policial aposentado Sérgio Padilha, que já mora no local há quatro anos. “A água não vai ter condições de escoar, porque a calçada vai ficar acima do nível do piso. Não dá para acreditar que uma obra que deveria trazer melhoria está nos trazendo tantos transtornos. E foi reclamado um monte de vezes”, alega.
 
“No fim da tarde da última terça-feira, já houve uma pequena chuva que foi o suficiente para fazer um teste e a gente perceber de fato que a situação é complicada”, acrescenta Alzenir. Antes da pavimentação, os moradores sofriam constantemente com a poeira. “Queríamos que fosse algo que melhorasse, porém melhorou de um lado e piorou do outro. Se fosse para ficar assim, talvez fosse melhor continuar como estava, que pelo menos o único problema era a poeira”, diz Souza.
 
Outra situação temida pelos moradores é a possível desvalorização do terreno. “A gente já foi em algumas imobiliárias para conferir isso. Ao invés de valorizar, essa pavimentação está desvalorizando os nossos terrenos. Isso comprova que está sendo muito ruim para a gente, porque não nos deram ouvidos, porque não quiseram rebaixar a rua, antes de colocar mais areia”, declara o motorista.
 
Contraponto
O secretário municipal de Planejamento e Controle Interno de Içara, Arnaldo Lodetti Júnior, explica que esta situação já era de conhecimento da Administração Municipal. Ele, no entanto, alega que o nível da rua já estava acima antes do início da pavimentação e não foi possível reduzir.
 
“Não é de hoje que as casas estão abaixo do nível da rua. Quando fizemos o projeto, já observamos esta situação, tanto que fizemos de uma maneira que pudéssemos encontrar um meio termo, pois se fizéssemos naquela rua do jeito que eles queriam, prejudicaríamos a situação em outras ruas. Por isso, fizemos algo que fosse melhor para todos”, afirma o secretário.
 
Ele ainda acrescenta que o problema surgiu quando as construções foram realizadas. “A grande questão é de que não houve o aterramento necessário, por isso hoje estão enfrentando esse problema. Infelizmente, esta é uma realidade”, destaca Lodetti.
 
Ainda segundo o secretário, a solução agora será os moradores encontrarem alternativas para que a água possa escoar. “Não tem muito o que ser feito ali naquela área. O que poderíamos fazer era encontrar um meio termo, que trouxesse o menor prejuízo possível. Agora são os moradores que têm que encontrar uma alternativa para este caso”, diz o responsável pela pasta de Planejamento.
 
Ameaça à calçada
Com a pavimentação já realizada, agora falta a construção das calçadas, processo que deve ser feito em seguida. Mas para este momento os moradores preparam um grande manifesto. Eles garantem que não vão permitir a construção das calçadas.
 
“Antes de arrumar a questão da rua, nós não vamos permitir que seja feito a calçada, porque será muito prejudicial para nós. Sem a calçada, o prefeito não poderá inaugurar a obra, mesmo que a rua esteja feita. Então, esta será a nossa forma de protestar contra algo que acabou nos prejudicando”, detalha o morador Alzenir de Souza.
 
 
Especial Jornal Gazeta

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