O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram ontem os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023, principal indicador da qualidade da educação no país.
O índice é dividido em categorias: anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano); anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano); e o ensino médio. Nesta matéria serão analisados os resultados das escolas municipais.
Na região Carbonífera, os municípios com as melhores notas nos anos iniciais foram Cocal do Sul (7,1), Içara (6,9) e Nova Veneza (6,9). Comparado com o Ideb de 2021, última pesquisa anterior a esta, Cocal do Sul possuía uma nota de 6,8, Içara tinha 6,9 e Nova Veneza 6,7.
Já nos anos finais do ensino fundamental o município de Içara ficou na liderança com 6,1, seguido de Siderópolis com 5,8 e Nova Veneza com 5,6. Entre essas três cidades, apenas Içara melhorou a nota comparada com a pesquisa anterior, aumentando em um décimo.
A prefeita de Içara, Dalvania Cardoso, comemorou os resultados. “Continuamos sendo a número um da Amrec e melhoramos a nota do Ideb. Minha gratidão aos professores, gestores, merendeiras, higienizadores, diretores e auxiliares. Todos que contribuem para este lindo trabalho com educação de qualidade”, salientou.
Divulgado a cada dois anos, o Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Em 2021, foram estabelecidas as metas para o país. Quanto maior o desempenho dos alunos e maior o número de alunos aprovados, maior será o Ideb.
“O Ideb é o mais importante indicador educacional de educação básica. Não há nenhuma política pública que tenha êxito sem ter metas, sem ter objetivos, sem ter planejamento, sem ter estratégia. Portanto, esse é um encontro importante para a educação brasileira. Os números vão nortear o planejamento, os caminhos, os passos seguintes para a educação básica do nosso país”, pontuou o ministro da Educação, Camilo Santana.
Quando se comparam os resultados de proficiência padronizada do Ideb (matemática e leitura), entre 2021 e 2023, 96% dos estados (26) melhoraram o desempenho nos anos iniciais; 59% (16 estados) nos anos finais; e 65% (17 estados) no ensino médio. “O Ideb funciona como um norte para as tomadas de decisões na educação básica, determinando o que deve ser melhorado no ensino e garantindo que a construção dos programas e das iniciativas seja feita de forma a assegurar o atendimento das necessidades da população”, explicou Camilo.
Resultado nacional
O país alcançou 6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano), atingindo a meta nacional estabelecida para o primeiro ciclo do indicador (2007-2021). Nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), o Brasil alcançou 5 pontos e o ensino médio registrou 4,3 pontos, ficando abaixo das metas do indicador para o país nessas etapas, que eram de 5,5 e 5,2, respectivamente.
Apesar de alguns estados terem se destacado em duas das três etapas avaliadas, o Brasil só superou a meta nos anos iniciais do ensino fundamental, o que reforça a importância de o Governo Federal continuar investindo em políticas públicas na área da educação e atuar em parceria com os entes federados para superar as desigualdades educacionais.
Conforme o Governo Federal, com o Programa Escola em Tempo Integral, serão criadas 3,2 milhões de novas vagas em tempo integral em todas as etapas de ensino, com investimento de R$ 12 bilhões até 2026. A ampliação das matrículas em escolas em tempo integral no país permite melhorar indicadores de aprendizagem e desenvolvimento integral dos estudantes de toda a educação básica, avançar na qualidade social da educação brasileira e possibilitar maior proteção e inclusão social aos estudantes mais vulneráveis.
Anos iniciais
Anos finais
Colaboração: jornal Tribuna de Notícias/ por Edson Padoin