Por Alexandra Cavaler

O Projeto de Ampliação da Rede Hidrometeorológica Estadual prevê a implementação de aproximadamente 130 novas estações em todo o território catarinense até o final de 2025. A iniciativa contempla dois tipos de equipamentos: as estações hidrológicas, responsáveis por medir o nível dos rios e a quantidade de chuva, e as meteorológicas, que monitoram fatores como temperatura, umidade, vento e pressão atmosférica.

De acordo com o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, a ampliação da rede representa “um avanço crucial na capacidade de resposta do Estado diante de eventos climáticos extremos, permitindo ações mais precisas e antecipadas”.

Os dados coletados serão integrados ao sistema da Defesa Civil e estarão disponíveis ao público em geral, pesquisadores e gestores, com atualizações em tempo real. O investimento total chega a R$ 9 milhões em 2025.

Urussanga e Orleans ganham reforço na prevenção

Em Urussanga, uma estação hidrológica foi instalada no bairro De Villa para monitorar as condições do Rio Urussanga. O equipamento conta com pluviômetro, painel solar, câmera, data logger e GPS. “Com esse equipamento, podemos acompanhar melhor as condições do rio e emitir alertas mais precisos em caso de eventos climáticos adversos. Isso nos permite tomar decisões mais rápidas, diminuindo danos e protegendo vidas”, destacou Robson Miranda, coordenador municipal da Defesa Civil.

Já em Orleans, a instalação de uma estação meteorológica automática permitirá o acompanhamento em tempo real de chuva, vento, pressão atmosférica, temperatura e umidade. Os dados serão transmitidos automaticamente à rede estadual. Segundo a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, o sistema “fortalece o planejamento urbano, obras de infraestrutura e ações de segurança, sem gerar custos ao município”.

Morro da Fumaça amplia monitoramento e fortalece rede regional

Morro da Fumaça também recebeu uma estação meteorológica, que já está em funcionamento em fase de testes. O vice-prefeito, Davi Pellegrin, ressaltou que a estrutura representa um passo importante: “Em um cenário de mudanças climáticas e aumento da frequência de eventos extremos, investir em tecnologia e prevenção é essencial. Este equipamento permitirá um monitoramento mais preciso, contribuindo diretamente para a segurança da nossa população”.

O coordenador da Defesa Civil da Região Carbonífera, sargento Laercio Pedroso, reforçou que os dados locais vão além dos limites municipais. “Essa iniciativa fortalece o trabalho em rede que estamos construindo na Região Carbonífera. Cada novo ponto de monitoramento representa uma ferramenta a mais para antecipar riscos e orientar as equipes locais com maior precisão. É uma ação estratégica que reforça nosso compromisso com a prevenção e com a segurança da população, especialmente em áreas mais vulneráveis”, afirmou.

O coordenador da Defesa Civil fumacense, Natan Felipe Souza, acrescenta que os dados em tempo real trarão mais eficiência. “Com informações atualizadas, teremos agilidade para emitir alertas e atuar de forma preventiva, reduzindo riscos à comunidade”, explicou.

Monitoramento em expansão no Estado

Até o final de 2026, a rede contará com 29 estações hidrológicas e 26 meteorológicas em operação em Santa Catarina. Em 2024, a Defesa Civil estadual emitiu mais de dois mil alertas meteorológicos e mais de mil SMS a moradores de áreas de risco. A meta é reduzir danos e salvar vidas diante do aumento dos fenômenos climáticos extremos.