O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil foi tema de encontro na tarde desta quarta-feira, dia 29, com as agentes de saúde, técnicos e facilitadores do Centro de Referência da Assistência Social (Creas) de Esplanada. Ações estratégicas serão promovidas para identificação de casos e conscientização da comunidade.
O debate foi conduzido pela técnica do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil do Creas de Içara, Rita de Cassia Jaques. Segundo ela, em 2010 o IBGE apontou 626 casos de trabalho infantil no município. Crianças e adolescentes trabalhando em olarias, na plantação de fumo, entre outros serviços.
“O Programa tem como foco a mobilização de ações para a erradicação do trabalho infantil. Hoje no Creas são atendidos 13 casos. A maioria do sexo masculino. Há adolescentes que desde os sete anos já trabalham. A criança tem que estudar, brincar, caso contrário, é interrompido seu ciclo de vida. Elas têm seus deveres, mas também possuem direitos que devem ser respeitados”, aponta Rita que acentua “As agentes de saúde e os facilitadores do Cras serão o canal entre as famílias. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) pretende até 2020 erradicar o trabalho infantil”.
O prefeito Murialdo Gastaldon, que também participou do encontro, parabenizou o trabalho e incentivou os profissionais. “Criança deve viver como criança, isso é democratização. Vocês, agentes de saúde e facilitadores, serão por muitos mal compreendidos, mas façam o máximo por elas, para que tenham o direito de serem crianças”, disse. “A criança que trabalha tem seu direito violado. A maioria vem acompanhada da evasão escolar, problemas físicos e psicológicos”, aponta a coordenadora do Creas, Priscila Fernandes.
Aos casos com necessidade de acompanhamento, o Creas oferece atendimento de profissionais, como psicólogos e pedagogos. O Programa conta ainda com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. No último dia 16, Rita também realizou palestra com as crianças e adolescentes da Escola Estadual Antônio Colonetti visando à informação das crianças e adolescentes de seus deveres e direitos enquanto cidadãos.
Colaboração: Imprensa PMI
