A Administração Municipal pretendia vender a área onde antigamente funcionava a caixa de carvão, na área central de Içara. A ideia era usar o dinheiro para dar o pontapé inicial à construção de um centro administrativo, mas a concorrência pública aberta com este fim e encerrada na segunda-feira acabou deserta.
Mesmo descartando neste momento uma terceira tentativa de alienação, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Brígido, diz que o projeto do novo Paço Municipal não será abandonado, porém os recursos precisarão vir de outras fontes, que são estudadas.
“Tínhamos três formas de recursos para a construção do centro administrativo. Um era a venda deste terreno, que seria com este dinheiro que daríamos início às obras. As outras são o Fundam (Fundo de Apoio aos Municípios), que deve ter liberação no máximo até início do próximo ano, e a construção do condomínio empresarial em Esperança, onde venderemos alguns terrenos”, expõe o secretário.
O objetivo com a construção do Paço é reunir todas as secretarias num só lugar e assim reduzir os gastos com aluguéis que o município tem atualmente. “A obra vai atrasar e será algo considerável, de meses. Tínhamos a ideia de já iniciar a construção no começo do próximo ano, mas agora vamos ter que ter paciência”, diz Brígido.
Há pelo menos duas décadas, a área da antiga caixa de carvão está sem uso. Já houve tentativa de implantação de diversos serviços, como um centro cultural, uma unidade de pronto-atendimento (UPA) e uma Estação Trabalho, mas nenhuma com êxito. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, com isso a cidade tem prejuízos.
“Com a venda, além de servir para projetos da prefeitura, o local passaria a ter serventia para algo, mas infelizmente, por causa de picuinhas, a não concretização da venda traz prejuízos à cidade. É um local centralizado que seguirá sem ter uso”, aponta.
Especial: Jornal Gazeta