Para o Ministério Público, houve negligência por parte do motorista de 20 anos no acidente que resultou na morte de cinco pessoas, em março, na BR-101, na região de Esplanada, em Içara. Diante disso, a segunda Promotoria de Justiça da Comarca de Içara ofereceu a denúncia à Justiça contra o jovem que conduzia um Jeep, de placas de Porto Alegre (RS). Ele invadiu a pista contrária e atingiu um Santana Quantum, com placas de Maracajá (SC), onde estavam cinco pessoas que vieram a óbito, todas da mesma família.
“O fato é de que existem elementos o suficiente de que o motorista agiu com imprudência, o que ocasionou o acidente. Ele descumpriu uma regra básica de quem está no trânsito, como motorista, que é zelar por todos durante a condução de um veículo”, comenta o promotor Marcus Vinicius de Farias Ribeiro. De acordo com os relatórios policiais não havia danificações na rodovia a ponto de ocasionar o acidente; não houve problemas mecânicos no veículo, além de que o motorista não estava embriagado
“A própria perícia e o croqui da polícia sobre o acidente constatou que o denunciado poderia ter impedido, desviado, mas atravessou todo canteiro central, sem nenhuma reação, sem ter mudado a rota. Não havia frenagem e tudo indica que ele dormiu. Foi uma conduta imprudente, culposa, que resultou na morte de cinco pessoas”, declara o promotor. O Jeep também levava um caroneiro. Ele, no entanto, não foi indiciado. “Será apenas ouvido como testemunha. No nosso entendimento, ele não teve influência no que ocorreu”, apresenta Ribeiro.
As vítimas da tragédia foram Lisangela Rocha de Souza, de 44 anos, ex-vereadora de Maracajá e assessora parlamentar; a filha dela, Jordana Rocha de Souza, de 24 anos; o pai, Valdemar Rocha, de 78 anos; a mãe, Maria Corrêa Rocha, de 76 anos; e a irmã, Lislei Rocha, de 52 anos.
Especial Jornal Gazeta/Foto: Daniel Búrigo/A Tribuna
