O bairro Liri é um dos mais antigos da cidade de Içara. E, por esse motivo, os moradores não compreendem porque ainda deixa a desejar quando a questão é a infraestrutura. Em toda a sua extensão, possui apenas duas ruas pavimentadas e se torna um caos em dias de chuva. De acordo com o morador Valdecir dos Santos, que mora na comunidade há 26 anos, o problema já é antigo.
“Entra governo, sai governo e só ficam as promessas. Isso nos surpreende e, acima de tudo, nos frustra porque o Liri é um dos primeiros bairros do município, mas parece que caiu no esquecimento do poder público. O fato de termos apenas duas ruas pavimentadas é um absurdo e demonstra o descaso com a nossa comunidade. Acho que o Liri caiu no esquecimento”, relata. Ainda segundo Silva, o problema não é a falta de cobrança dos moradores. “A comunidade é unida e os moradores sempre fazem cobrança. Inclusive, a cerca de oito meses eu falei com o secretário de obras a respeito da Rua João Mijieski, que fica em frente ao meu estabelecimento comercial. Me prontifiquei em eu mesmo fazer o calçamento, como fiz em boa parte da estrada. Mas foi uma enrolação para explicar e desde então, não me deram mais nenhuma resposta”, pontua o morador.
Uma das queixas é em relação à Rua Guilherme Pedro Moreira que é cortada por um córrego. “Iguais a ela têm outras várias. Tem a rua da creche, a da igreja. E isso prejudica o bairro que tem grande potencial de crescimento. É um ótimo lugar para se morar, tem grandes empresas, mas acaba sendo mal visto. Quem é que num dia de chuva vai se dar ao trabalho de vir até um comércio do Liri sabendo que corre o risco de ficar atolado ou então precise de bota até o joelho? A coisa está complicada”, comenta Santos.
Contrapartida
O secretário de Obras e Serviços Urbanos, Geraldo Baldissera, ressalta que o problema de buracos nas ruas não é um caso isolado do bairro Liri. Segundo ele, as fortes chuvas que comumente estão ocorrendo em Içara, acabam atrapalhando o trabalho realizado pela prefeitura. “Nós estávamos com um trabalho bom de patrolamento. Saímos de um período crítico, quando a cidade teve situação de emergência decretada. E, de repente, nos deparamos novamente com mais uma “tromba” d’água. Então fica inviável, o nosso trabalho foi praticamente por água abaixo. Não só no Liri, como também em outros bairros a situação é a mesma. Infelizmente, a Secretaria de Obras tem que contar com o tempo”, assinala.
Baldissera, no entanto, afirma que os trabalhos seguem forte na recuperação das ruas. “Na primeira chuva de fevereiro, o Liri foi um dos mais afetados. Depois cuidamos da boca de lobo para que não houvesse mais uma vez o problema de alagamento. Na semana passada eu estive três vezes no local acompanhando para não ter inundação, e não teve. Agora temos que trabalhar apagando os rastros dos temporais. Estamos com uma nova patrola e acho que isso deve acelerar o nosso trabalho”, garante. Já em relação à pavimentação, o secretário de Planejamento, Eduardo Rocha, diz que o bairro foi contemplado com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “A Rua Brunel está sendo pavimentada a Rua Tamara do Loteamento Casagrande também. Então eu não considero que o Liri esteja em uma situação crítica. Até porque, são ruas pequenas que estão ali dentro. É claro que temos um passivo grande de ruas não pavimentadas, mas as maiores têm de ser prioridade”, completa.
Especial Jornal Gazeta

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